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Contra a corrupção, mas até certo ponto...
Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo, foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais por ter liderado um esquema de candidaturas de fachada nas eleições do ano passado para desviar recursos do PSL, seu partido, e também o do presidente Jair Bolsonaro.
Se a denúncia for aceita, ele vai virar réu pelos crimes de falsidade ideológica (até 5 anos de cadeia), apropriação indébita de recursos (de 2 a 6 anos) e associação criminosa (de 1 a 3 anos). O que Bolsonaro fará com ele? Nada! Aguardará o desenrolar do processo, segundo seu porta-voz, o general Rêgo Barros.
Faz sentido. Bolsonaro tem dois filhos investigados por desvio de recursos – o senador Flávio e o vereador Carlos. A investigação foi suspensa por uma deferência especial do ministro Dias Toffoli, confirmada por seu colega Gilmar Mendes. Mas depende de uma decisão do plenário do tribunal para permanecer suspensa.
Se afastasse Marcelo Álvaro Antônio do cargo, Bolsonaro poderia ser cobrado por não ser igualmente exigente com os filhos. Mas não é por isso que não o fará. O ministro estava em Juiz de Fora quando Bolsonaro foi esfaqueado. Foi uma das pessoas que o carregaram para o hospital. Bolsonaro tem uma dívida com ele.
A fraude de Janot
Mentiu por quê?
O então Procurador-Geral da República Rodrigo Janot estava em Belo Horizonte entre os dias 10 e 15 de 2017, segundo o diário eletrônico do Ministério Público Federal e os registros de voos da Força Aérea Brasileira. Foi o que descobriu o site JOTA. Logo…
Logo, no dia 11 daquele mês e ano, como contou à VEJA, não poderia ter estado armado no prédio do Supremo Tribunal Federal para matar o ministro Gilmar Mendes. No seu livro de memórias, Janot contou a mesma coisa, mas sem citar o nome de Gilmar.
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