• Governador eleito do Espírito Santo pelo PMDB faz referência à migração de apoio majoritário da legenda da presidente Dilma Rousseff (PT) para o candidato Aécio Neves (PSDB)
Erich Decat e Nivaldo Souza – O Estado de S. Paulo
O governador eleito do Espírito Santo pelo PMDB, Paulo Hartung, considera que o partido passa por um momento de “revitalização” após os resultados do 1.º turno das eleições gerais, em uma referência à migração de apoio majoritário da legenda da presidente Dilma Rousseff (PT) para o candidato Aécio Neves (PSDB).
“Evidentemente que o PMDB está chacoalhado. Com a minha vitória aqui no Espírito Santo; pelo bom debate que estamos estabelecendo no Rio Grande do Sul, com uma candidatura de José Ivo Sartori que surpreendeu os institutos de pesquisas. Está chacoalhado com a posição do Jarbas Vasconcelos, que inicialmente caminhou com a Marina e agora com o Aécio. Com a posição do Pedro Simon”, enumerou em entrevista ao Estado.
“Acho que tem um bom movimento dentro do PMDB. Uma certa revitalização dentro do PMDB está em curso”, acrescentou. Atualmente, a legenda é presidida pelo vice-presidente da República, Michel Temer, que compõe a chapa à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
No Espírito Santo, Aécio teve uma vitória apertada no 1.º turno. O tucano ficou com 35,1% dos votos ante 33,1% de Dilma e 28,7% de Marina Silva (PSB).
Para o governador eleito, os votos de Marina devem migrar para o tucano no Estado. “Naturalmente, o eleitor capixaba da Marina convergiu na direção do Aécio e vai produzir um resultado muito satisfatório.”
Eleito para o terceiro mandato como governador, Hartung criticou o modelo de reeleição em vigor. “Acho que a reeleição foi testada do ponto de vista institucional e não deu certo. É evidente que o resultado não é positivo porque o País não tem instituições que possam fiscalizar o uso da máquina administrativa e acaba numa desigualdade muito acentuada na disputa eleitoral” afirmou.
Segurança. Crítico à atuação dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, o governador considera que o governo federal deve participar de forma mais ativa da questão da segurança pública. “Precisamos do governo federal participando do esforço pela segurança pública. Você tem um comportamento de Brasília em relação ao tema da segurança pública que é recorrente, o de empurrar para o lado, voltar à Constituição e declarar que essa atribuição é dos Estados federados, quando nós sabemos do papel do governo central, que se omite nessa tarefa”, criticou.
Ele ressaltou que a diferença do candidato Aécio Neves para Fernando Henrique Cardoso e Lula está no fato de ele ter sido governador. “Claro que tenho expectativa de que o Aécio faça diferente de Fernando Henrique e de Lula. Ele foi governador de Estado. Conhece o que é hoje a conexão das drogas, do tráfico de armas com a questão da explosão da violência no Brasil inteiro. Tenho fé que o governo do Aécio não vai ser omisso.”
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