Tatiana Schnoar, Cristiane Agostine, Joelmir Tavares e Gabriel Guido/ Valor Econômico
A uma plateia de empresários e investidores,
Eduardo Leite reforça sua eventual candidatura presidencial no próximo ano
Cotado como possível candidato à Presidência
em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
reafirmou na quarta-feira (14) que deve concorrer à reeleição no Estado.
Depois de falar a uma plateia de investidores e empresários na 2ª edição do Summit Brazil-USA, realizado pelo Valor em Nova York, Tarcísio foi questionado se a decisão sobre candidatura ficará para abril de 2026, mês em que teria que renunciar ao governo de São Paulo se decidir disputar o Planalto. “Não tem [decisão]. Eu vou ficar em São Paulo.”
O governador é visto como potencial sucessor
do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível mas tem dito que
tentará registrar a candidatura em 2026. Sempre que questionado, Tarcísio
sinaliza apoio à candidatura de Bolsonaro, seu padrinho político.
No mesmo horário em que Tarcísio participou
do evento, Bolsonaro disse, em entrevista ao UOL, que vai “até o último
segundo” com a candidatura ao Planalto, e pediu o apoio dos governadores de
direita cotados para concorrer contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O futuro da direita em 2026 voltou ao debate
público nesta semana após o ex-presidente Michel Temer (MDB) propor, em
entrevista, uma aliança entre os governadores de direita em torno de um projeto
conjunto para 2026. O grupo envolveria, além de Tarcísio, os governadores do
Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); de
Goiás, Ronaldo Caiado (União); e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Na segunda-feira (12), Tarcísio foi
questionado a respeito e declarou que “não existe direita sem Bolsonaro”.
À plateia de investidores, o governador do
Rio Grande do Sul voltou a indicar sua eventual candidatura presidencial. Leite
defendeu a importância de construir um “projeto de país” e de focar no
planejamento das políticas públicas, e se colocou disponível para o que chamou
de “empreitada”.
Com a filiação ao PSD na semana passada, após deixar o PSDB, o governador tem demonstrado disposição para a corrida presidencial em 2026. “É muito importante que a gente consiga construir um projeto de país e não apenas ter o projeto do que será feito, mas o ‘como’ se deve fazer. [O como] é tão importante quanto, porque se não tivermos cuidado com a forma, o mal planejado será mal executado e frustrará expectativas.”
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