DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Adeildda Santos, servidora em cujo computador houve acesso ilegal a dados fiscais de tucanos, disse que recebia "agrados" de contadores para violar sigilos e que seu colega Júlio Bertoldo a apresentava a eles.
Bertoldo nega a acusação. A PF indiciou Adeildda sob a acusação de corrupção ativa.
Servidora diz ter ganho agrado por quebras
Adeildda dos Santos, que trabalhou na Receita Federal de Mauá, afirma que recebia pedidos de 3 contadores
Segundo ela, maioria das questões da PF foram sobre contatos entre seu colega Júlio Bertoldo e contadores
Andrea Michael
Adeildda Santos, servidora em cujo computador houve acesso ilegal a dados fiscais de tucanos, disse que recebia "agrados" de contadores para violar sigilos e que seu colega Júlio Bertoldo a apresentava a eles.
Bertoldo nega a acusação. A PF indiciou Adeildda sob a acusação de corrupção ativa.
Servidora diz ter ganho agrado por quebras
Adeildda dos Santos, que trabalhou na Receita Federal de Mauá, afirma que recebia pedidos de 3 contadores
Segundo ela, maioria das questões da PF foram sobre contatos entre seu colega Júlio Bertoldo e contadores
Andrea Michael
DE SÃO PAULO - A funcionária do Serpro Adeildda dos Santos, em cujo computador foi quebrado o sigilo de Eduardo Jorge Caldas Pereira e de outras pessoas ligadas ao PSDB e acessados dados de 2.900 pessoas, disse à Folha que recebia "agrados financeiros" de três contadores.
Ela disse que os pagamentos iam de R$ 50 a R$ 100. Adeildda disse que foi o servidor da Receita Júlio Bertoldo quem lhe apresentou os contadores e pediu que fizesse os serviços. Ele nega.
A servidora falou à Folha depois de depor à Polícia Federal. Ela foi indiciada sob a acusação de corrupção ativa, entre outros crimes.
Folha - Seu depoimento foi o mais longo. É verdade que, sobre servidores, o foco das perguntas era Julio Bertoldo?
Adeildda dos Santos- Sim.
Que tipo de perguntas lhe foram feitas sobre Bertoldo?
Sobre se ele me pedia para fazer favores, serviços.
Que tipo de serviço?
Pesquisa fiscal [para ver se o contribuinte tem débitos], de vez em quando. Enquanto eu tirava outras declarações de renda, ele me pedia também -e ele tinha senha para isso. Ele me passava um papel com CPF anotado.
Perguntaram sobre o Atella?
Perguntaram. Ele sempre ia lá na Receita [em Mauá].
E falava com quem?
Com o Julio, com a chefia. Ia frequentemente.
Sobre o acesso imotivado às declarações de Eduardo Jorge, de Veronica Serra e do marido dela, Alexandre Bourgeois, você foi questionada?
Perguntaram, mas isso eu desconhecia. Veronica? Eu nem sabia quem era.
E sobre os 2.900 acessos imotivados na sua máquina?
Isso ele não perguntou.
O que o Julio pedia para você?
O Julio tinha contato com uns contadores, me apresentou e falou que eu poderia tirar as pesquisas para eles, quando eles solicitassem. Isso em Ribeirão [Pires]. Ele fazia e passou para mim. Eu achava que os documentos iam para o contribuinte.
Isso continuou em Mauá?
O Julio pediu para eu continuar a atendê-los, sim.
Alguma vez ofereceram um agrado para a sra. para acessar dados sigilosos?
Não me ofereceram nem eu pedi. A pessoa depositou na minha conta.
Era um contador apenas com acesso a cadastro?
Também tinha acesso a declarações. Eram três [contadores], davam de R$ 50 a R$ 100 quando eu fazia algum serviço.
Em algum momento a sra. falou sobre esses agrados pelo e-mail da Receita?
Sim. Alguém ficou de me mandar um determinado agrado e eu respondi que poderia depositar.
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