Presidente diz a aliados que a disputa municipal não contaminará sua coalizão
Natuza Nery, Catia Seabra, Kelly Matos
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff propôs ao PSB um "pacto de convivência" e disse que cuidará para que a disputa municipal não contamine sua coalizão nacional.
As declarações foram dadas em jantar no Palácio da Alvorada anteontem, após o presidente do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), fazer críticas ao PT em entrevista publicada na Folha no domingo.
As relações entre PSB e PT estão estremecidas. As siglas estarão em palanques diferentes em três capitais em que antes estavam unidas: Belo Horizonte, Recife e Fortaleza.
Segundo presentes à reunião, Dilma disse não ter interesse em transformar a eleição municipal em um problema para o governo federal.
O jantar foi pedido pelo governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), para deixar claro que o PSB não lançará candidato à Presidência em 2014. Além de Ideli, estavam presentes o ministro Paulo Bernardo e o chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo.
A presidente recomendou que Eduardo Campos procurasse Lula para evitar sequelas. Ela ponderou que, conhecendo o petista, acha que ele tenha ficado chateado com o fim da aliança em Recife.
Cid Gomes pôs o nome de José Dirceu na pauta, com a suspeita de ser ele a origem das "futricas". Dilma prometeu conversar com petistas para baixar a temperatura.
Cid Gomes afirmou que o PSB não lançará candidato à Presidência em 2014, mas sinalizou a possibilidade de o partido indicar o vice do PT. Essa alternativa incomoda o PMDB, partido do atual vice, Michel Temer.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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