Presidenciável afirmou que decisão será conjunta entre o partido e o deputado
Juliana Castro e Leticia Lins
RIO — Pré-candidato à Presidência pelo PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse nesta segunda-feira que ainda não foi batido o martelo sobre a chapa do partido para as eleições no Rio. Na semana passada, a informação que saiu da reunião da Executiva nacional da sigla era de um acerto para apoiar o deputado Miro Teixeira (PROS) ao governo do estado, com o deputado federal Romário (PSB) para o Senado.
- Não batemos o martelo. Conversamos com Romário há uns 15 dias. Todas as pesquisas têm colocado o Romário muito bem ao Senado. Esse é um debate que ele vai travar conosco - afirmou Campos. - No que ele entender que deve ser candidato, vai ter o apoio do partido.
Campos está no Rio para um encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan). Em entrevista coletiva antes do evento, o presidenciável disse que até 15 de março o partido terá um levantamento da situação de cada um dos estados.
O governador comentou, mais uma vez, as especulações de que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, poderia se filiar ao partido.
- Abrir um debate e, sobretudo fazê-lo pela imprensa enquanto ele não anunciou ao país essa decisão (de se filiar), eu acho que não devo fazer isso - declarou.
Ao comentar a situação do governador Sérgio Cabral após os protestos, Campos afirmou que não fica feliz em ver o estado nesta situação e que torce para que melhore.
Campos acusa Dilma de ‘derreter’ fundamentos macroeconômicos
Mais cedo nesta segunda-feira, em Recife, Campos anunciou em evento a pré-candidatura de Paulo Câmara ao governo de Pernambuco. Câmara terá o deputado federal Raul Henry (PMDB-PE), como vice. Para o senado, o candidato deverá ser o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Ex-opositor de Campos, o senador Jarbas Vasconcellos (PMDB) ratificou que não disputará a reeleição.
Ao falar por quase meia hora - discurso mais longo que o do pré-candidato ao governo - Campos elogiou o ciclo de estabilização econômica implantado no governo Itamar Franco, referendado por Fernando Henrique Cardoso e continuado pelo ex-presidente Lula. Mas advertiu:
- O Brasil vive há três anos um baixo crescimento econômico, metade da América Laina e metade do crescimento do mundo. Estamos a cada dia vendo mais a vulnerabilidade dos fundamentos macroeconômicos
Fonte: O Globo
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