Carvalho ressaltou que a investigação está apenas começando
Grasielle Castro - Diário de Pernambuco
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, condenou os vazamentos parciais da Polícia Federal no caso do deputado André Vargas (PT-PR), acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, e recomendou cautela em relação ao caso. Embora tenha evitado sugerir o que a Câmara e o deputado devam fazer, Carvalho ressaltou que a investigação está apenas começando. O ministro disse que é muito cuidadoso em relação a processos sem provas. “Aconselharia todo mundo a ter muito cuidado com aquilo que aparece a partir de vazamentos parciais”, disse.
Carvalho contou que já viu muita gente ser vitimada por conta desse tipo de “julgamento antecipado”. Segundo ele, o caso do ex-ministro do Esporte Orlando Silva, que deixou a pasta após ter sido acusado de participação em um esquema de desvio de dinheiro no Programa Segundo Tempo, é um exemplo. “Depois, ficou provado que ele não devia nada. Portanto, a gente está acostumado nessa história, acha que a corrupção tem que ser combatida duramente, mas ao mesmo tempo o direito sagrado da defesa é importante de todo cidadão”, enfatizou.
O ministro também repetiu o discurso governista sobre a criação da CPI da Petrobras. “A grande questão é até onde vai de fato o interesse na investigação e até que ponto vai a tentativa de se aproveitar eleitoralmente o momento”, afirmou. Para o ministro, ao Executivo cabe dar continuidade ao processo de investigação rigorosa, pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, que são os órgãos vinculados ao Executivo.
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