DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
BRASÍLIA - O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, qualificou como "uma enrolação" as declarações dadas pelo secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O tucano acompanhou ontem toda a audiência pública.
Mesmo convencido de que a sindicância em curso naquele órgão não identificará os responsáveis pelo vazamento, Eduardo Jorge aponta um fato positivo: o de Cartaxo ter desmentido a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que culpou o Ministério Público pelo vazamento.
Eduardo Jorge disse que vai entrar com uma ação por danos morais contra a União pelo vazamento de seus dados fiscais pela Receita Federal.
O que o senhor achou do depoimento do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo?
Foi uma enrolação. Eles já sabem e se recusam a dizer porque a resposta é comprometedora. O secretário podia ter tomado a decisão de revelar os nomes, mas estava ali cumprindo um papel de governo.
O senhor fala comprometedora em que sentido?
No sentido de que fornece pistas para chegar à origem da equipe de inteligência da campanha do PT, todo mundo sabe qual é.
Houve algo de novo nas afirmações do secretário?
Ele desmentiu a candidata Dilma, que tinha culpado o Ministério Público pelo vazamento das informações, quando disse que o vazamento não ocorreu em Brasília, onde está a tal hipotética ação, já encerrada, contra mim.
Como não acredita que os responsáveis serão identificados, o senhor dá o caso por encerrado?
É possível, sim, saber quem acessou e vazou os dados. A questão é saber se eles querem chegar a alguma conclusão. Das outras vezes em que pedi à Receita que investigasse vazamentos de meus dados, a Receita não chegou a nenhuma conclusão. Desta vez eu pedi à Receita uma cópia da sindicância que eles dizem que abriram. A corregedoria me informou que eu tinha todo o direito de receber, mas não atendeu ao meu pedido. Estou insistindo para que eles cumpram a obrigação legal e me entreguem cópia da sindicância inteira.
O senhor concorda com senadores que viram nesse episódio uma estratégia eleitoral para prejudicar os adversários do governo?
Concordo plenamente. Há também uma estratégia de abafar o caso e de esconder os servidores e membros da campanha que cometeram o delito. / R.S.
BRASÍLIA - O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, qualificou como "uma enrolação" as declarações dadas pelo secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O tucano acompanhou ontem toda a audiência pública.
Mesmo convencido de que a sindicância em curso naquele órgão não identificará os responsáveis pelo vazamento, Eduardo Jorge aponta um fato positivo: o de Cartaxo ter desmentido a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que culpou o Ministério Público pelo vazamento.
Eduardo Jorge disse que vai entrar com uma ação por danos morais contra a União pelo vazamento de seus dados fiscais pela Receita Federal.
O que o senhor achou do depoimento do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo?
Foi uma enrolação. Eles já sabem e se recusam a dizer porque a resposta é comprometedora. O secretário podia ter tomado a decisão de revelar os nomes, mas estava ali cumprindo um papel de governo.
O senhor fala comprometedora em que sentido?
No sentido de que fornece pistas para chegar à origem da equipe de inteligência da campanha do PT, todo mundo sabe qual é.
Houve algo de novo nas afirmações do secretário?
Ele desmentiu a candidata Dilma, que tinha culpado o Ministério Público pelo vazamento das informações, quando disse que o vazamento não ocorreu em Brasília, onde está a tal hipotética ação, já encerrada, contra mim.
Como não acredita que os responsáveis serão identificados, o senhor dá o caso por encerrado?
É possível, sim, saber quem acessou e vazou os dados. A questão é saber se eles querem chegar a alguma conclusão. Das outras vezes em que pedi à Receita que investigasse vazamentos de meus dados, a Receita não chegou a nenhuma conclusão. Desta vez eu pedi à Receita uma cópia da sindicância que eles dizem que abriram. A corregedoria me informou que eu tinha todo o direito de receber, mas não atendeu ao meu pedido. Estou insistindo para que eles cumpram a obrigação legal e me entreguem cópia da sindicância inteira.
O senhor concorda com senadores que viram nesse episódio uma estratégia eleitoral para prejudicar os adversários do governo?
Concordo plenamente. Há também uma estratégia de abafar o caso e de esconder os servidores e membros da campanha que cometeram o delito. / R.S.
Nenhum comentário:
Postar um comentário