DEU NA FOLHA DE S. PAULO
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, defendeu o ponto do programa de Dilma Rousseff que diz que a mídia é "pouco afeita" ao debate democrático e à qualidade: "É uma constatação". Amenizada, a segunda versão do programa manteve a crítica.
Presidente do PT critica a "parcialidade" da mídia
José Eduardo Dutra diz que alguns veículos, como a "Veja", não são plurais
Direção da publicação não quis se manifestar sobre a crítica; dirigente do partido afirma que não defende a censura
Ranier Bragon
BRASÍLIA - O presidente do PT, José Eduardo Dutra, defendeu na noite de anteontem o ponto do programa de governo de Dilma Rousseff que afirma que as cadeias de rádio e TV, em geral, são "pouco afeitas" à qualidade, ao pluralismo e ao debate democrático.
"É uma constatação", disse Dutra, coordenador da campanha de Dilma. Questionado a quais órgãos se referia, ele não citou TVs ou rádios, mas sim a revista "Veja", da Editora Abril.
"Isso [a crítica à mídia] não se refere a programa de governo, é uma constatação. Estamos vendo isso. Basta analisar se a postura de alguns órgãos de imprensa tem sido plural. Minha avaliação é de que não tem sido", afirmou após o jantar em que Dilma se reuniu com mais de 200 deputados e senadores no Lago Sul de Brasília.
"Por exemplo, a revista "Veja". Minha visão é a de que eles não têm sido plurais", disse.
Dutra negou que a avaliação embasará alguma ação de Dilma, caso eleita.
"O que vamos fazer, vamos censurar? Claro que não, mas tenho também a liberdade de poder expressar a minha opinião. O fato é que a liberdade de imprensa é irrevogável, ponto." Procurada pela Folha, a "Veja" informou que não iria se manifestar a respeito das críticas.
A primeira versão do programa de governo de Dilma, protocolada no TSE na manhã do dia 5, tinha reivindicações de alas radicais do PT, como medidas para "combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento".
Após reação de aliados, o PT recuou e enviou ao TSE, no final do mesmo dia, uma "errata" em que suprimia alguns dos pontos polêmicos, mas mantinha a crítica à mídia e a avaliação de que há "monopólio e concentração dos meios de comunicação".
O partido argumentou ter havido um mero erro administrativo, embora as rubricas de Dilma constassem apenas na primeira versão. Dutra não disse se a avaliação sobre a imprensa permanecerá na nova versão do plano que será apresentada.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, defendeu o ponto do programa de Dilma Rousseff que diz que a mídia é "pouco afeita" ao debate democrático e à qualidade: "É uma constatação". Amenizada, a segunda versão do programa manteve a crítica.
Presidente do PT critica a "parcialidade" da mídia
José Eduardo Dutra diz que alguns veículos, como a "Veja", não são plurais
Direção da publicação não quis se manifestar sobre a crítica; dirigente do partido afirma que não defende a censura
Ranier Bragon
BRASÍLIA - O presidente do PT, José Eduardo Dutra, defendeu na noite de anteontem o ponto do programa de governo de Dilma Rousseff que afirma que as cadeias de rádio e TV, em geral, são "pouco afeitas" à qualidade, ao pluralismo e ao debate democrático.
"É uma constatação", disse Dutra, coordenador da campanha de Dilma. Questionado a quais órgãos se referia, ele não citou TVs ou rádios, mas sim a revista "Veja", da Editora Abril.
"Isso [a crítica à mídia] não se refere a programa de governo, é uma constatação. Estamos vendo isso. Basta analisar se a postura de alguns órgãos de imprensa tem sido plural. Minha avaliação é de que não tem sido", afirmou após o jantar em que Dilma se reuniu com mais de 200 deputados e senadores no Lago Sul de Brasília.
"Por exemplo, a revista "Veja". Minha visão é a de que eles não têm sido plurais", disse.
Dutra negou que a avaliação embasará alguma ação de Dilma, caso eleita.
"O que vamos fazer, vamos censurar? Claro que não, mas tenho também a liberdade de poder expressar a minha opinião. O fato é que a liberdade de imprensa é irrevogável, ponto." Procurada pela Folha, a "Veja" informou que não iria se manifestar a respeito das críticas.
A primeira versão do programa de governo de Dilma, protocolada no TSE na manhã do dia 5, tinha reivindicações de alas radicais do PT, como medidas para "combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento".
Após reação de aliados, o PT recuou e enviou ao TSE, no final do mesmo dia, uma "errata" em que suprimia alguns dos pontos polêmicos, mas mantinha a crítica à mídia e a avaliação de que há "monopólio e concentração dos meios de comunicação".
O partido argumentou ter havido um mero erro administrativo, embora as rubricas de Dilma constassem apenas na primeira versão. Dutra não disse se a avaliação sobre a imprensa permanecerá na nova versão do plano que será apresentada.
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