O PT, Lula e Dilma, conseguiram o milagre: quase acabar com as esquerdas no Brasil. Aquilo que nem a ditadura foi capaz de fazer – desaparecer o perigo comunista e, de quebra, limitar a força e a dimensão da social democracia – os petistas conseguiram. Sobrou pouco, uma esquerda democrática raquítica.
Cooptaram quase tudo e todos. Foram buscar os remanescentes da ARENA, isto é, o PP com o Maluf e o Delfim, e os que se espalharam pelos outros partidos, dividiram o DEM, ex PFL, que fora formado com uma ala mais liberal da ARENA e havia ficado na oposição, trazendo para seu regaço figuras como Kassab e Guilherme Afif, liberais, neo liberais, pós liberais, buscaram grandes empresários em troca de benesses, e botaram à escanteio alguns esquerdistas recalcitrantes, no PSOL, PSTU, etc. Juntaram tudo, uma salada. O pântano. Ninguém havia conseguido essa façanha. Os métodos? Ora, os métodos já conhecidos variando de mensalões até espaços de poder para atuar com total desenvoltura.
E o que sobrou? Entra aí o PSDB, capengando, o pequeno PPS fundido ao PMN, o que restou do DEM e alguns escoteiros soltos.
É o fim da história? Não creio. Em algum momento tudo isso explode e assim poderemos construir um sistema político e de partidos para viver uma vida democrática e saudável. Os que ainda resistem à essa avassaladora ação petista tem que acreditar e agir.
Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB
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