Freire: Precisamos estar fortes e solidários com a Marina
Por: Fábio Matos
O deputado federal Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS, reforçou nesta quinta-feira (3) o apoio do partido à criação da Rede Sustentabilidade, legenda idealizada pela ex-ministra Marina Silva e que poderá ter seu registro aprovado em sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) programada para esta noite. Em entrevista ao jornalista Carlos Alberto Sardenberg, na Rádio CBN, Freire defendeu que a oposição ofereça à sociedade brasileira várias alternativas que se contraponham ao governo da presidente Dilma Rousseff.
“Quando ela [Marina] resolveu ir para a Rede, o PPS ajudou. Eu mesmo fui um dos signatários do apoio à criação do partido. Achamos que Marina expressa o desejo da cidadania. É importante para a sociedade brasileira termos um candidato com a expressão que ela tem”, afirmou o presidente do PPS, lembrando, ainda, do convite feito pelo partido à ex-senadora para que se filiasse à legenda no início deste ano.
Questionado se o PPS pode abrigar Marina Silva e lançá-la como candidata ao Planalto caso o TSE indefira o pedido de registro da Rede, Freire adotou um discurso cauteloso, mas não descartou conversas futuras. “Dar a legenda, eu não discuto por uma questão até de respeito. Estamos tentando fazer com que o TSE aprove a Rede Sustentabilidade. Se ela não admite plano B, não seremos nós a falar sobre a questão”, disse. “Isso é um problema que cabe a ela [Marina] decidir. Se o TSE, porventura, não der [o registro], a partir daí nós deveremos discutir qual será o encaminhamento, se ela quiser discutir. Antes disso, precisamos estar fortes e solidários com a Marina.”
O parlamentar lembrou que ao PT e ao governo Dilma interessa que a oposição tenha poucas candidaturas em 2014, o que diminuiria as chances de realização de um segundo turno. “Não é o quadro ideal. Você afunila no primeiro turno. E esse governo Lula-Dilma não tem nenhum critério republicano e não tem limites. Utiliza a máquina”, lamentou. “Fazer um confronto direto no primeiro turno é uma situação que não é aconselhável e torna muito difícil o enfrentamento de uma máquina como essa. O que cabe à oposição é colocar um número de candidatos competitivos que garantam o segundo turno e isso pode dar chances efetivas para vencer em 2014.”
Eleição sob o lema da mudança
Na avaliação do presidente do PPS, a disputa eleitoral do ano que vem será travada “sob o prisma da mudança”. “Não apenas pelas manifestações que ocorreram, mas pela crise econômica, por um governo que não consegue sustentar a sua base, por um quadro caótico que vemos no Parlamento”, destacou Freire. “Esse quadro não vai mudar muito e isso vai provocar um processo de mudança.”
O parlamentar também falou sobre a pré-candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), cujo partido recentemente entregou os cargos que possuía no governo Dilma. “Pode se dizer que é um grau pequeno de oposição, mas sem dúvida é uma alternativa ao governo que aí está. Não existem dois candidatos do governo, mas você pode ter vários de oposição. No momento em que se afasta do governo e afirma sua candidatura, Eduardo passa a ser alternativa ao governo.”
Fonte: Portal do PPS
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