• Protesto deixa oito feridos em Brasília; em SP, adesão foi baixa
Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - O dia de protestos contra o projeto que amplia a terceirização, organizado pela CUT, terminou em pancadaria e com feridos em Brasília e reuniu muito menos gente que o esperado em São Paulo.
Houve manifestações também em outras 13 capitais.
Em Brasília, policiais e manifestantes entraram em conflito em frente ao Congresso.
Segundo a CUT, havia 4.000 pessoas no protesto. Para a PM, foram 2.000.
O tumulto começou quando a polícia tentou impedir que o carro de som contratado pela CUT descesse até a chapelaria do Congresso.
Segundo testemunhas, um integrante da Polícia Legislativa, sem ser provocado, deu um tiro em direção ao chão, para tentar furar o pneu do carro de som, levando manifestantes a jogar objetos, como pedaços de paus e bandeiras, contra os policiais. Contatada, a polícia negou ter iniciado o conflito.
Cercados, os policiais tiveram que descer correndo o gramado do Congresso e fizeram uma barreira na via que leva à chapelaria, impedindo as pessoas de entrar no prédio. Ali, continuaram a ser alvo de objetos e chutes e revidaram com golpes de cassetetes, spray de pimenta e bombas de efeito moral.
A briga terminou com dois manifestantes levados para o hospital após terem sofrido cortes. Um terceiro manifestante também ficou ferido, mas foi atendido na Câmara.
Ligado ao movimento sindical, o deputado Vicentinho (PT-SP) foi atingido por gás de pimenta enquanto tentava negociar com policiais. Lincoln Portela (PR-MG) levou um soco na boca e pontapés de manifestantes, disse. Um visitante passou mal por causa do spray de pimenta. Outros dois policiais ficaram feridos, disse a Câmara.
A mobilização terminou no início da noite. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusou os manifestantes de serem os responsáveis pelo confronto e disse que "parlamentares que incitaram a multidão" serão "remetidos à Corregedoria".
Em São Paulo, o que se viu foi uma manifestação pela defesa do SUS e da saúde pública (7 de abril é o Dia Mundial da Saúde). A CUT, que esperava 10 mil manifestantes, diz que mil participaram. Para a PM, foram 400.
Em outras 13 capitais, os protestos convocados pela CUT e por outros movimentos sindicais e sociais também reuniram menos manifestantes do que havia previsto a organização.
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