O Globo
O STF parece contar com a gratidão que julga
merecer por ter julgado com determinação os golpistas do 8 de Janeiro. Mas isso
não lhe garante imunidade contra erros
A semana do 25 de dezembro costumava ser uma
semana “morta” no jornalismo. O jornalista que ficava de plantão via esses dias
como ônus duplo: privação do convívio com a família, mas também uma espécie de
sacrifício profissional, porque em geral nada de relevante acontecia. A regra
não se aplica a 2025: cassação de Ramagem e Eduardo Bolsonaro, ação da PF
contra fraude no INSS, adiamento da assinatura do acordo UE-Mercosul, tudo isso
a uma semana ou menos do Natal.
Mas o assunto mais grave destes últimos dias é a crise do Supremo. O STF tem se envolvido em escândalos sucessivos, num momento em que vive crise de confiança aguda. A condução das investigações e do julgamento das “mobilizações antidemocráticas” colocou a Corte no centro do conflito político brasileiro. A dinâmica da polarização fez com que tenha ganhado apoio e confiança de parte da cidadania e, no mesmo movimento, rejeição e desconfiança da outra parte.
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