DEU EM O GLOBO
Presidente defende continuidade: "O que fizemos no Brasil não pode mudar", discursa ele ao lançar navio
Letícia Lins
Enviada especial
IPOJUCA (PE). Na primeira cerimônia oficial de governo com a presença da pré-candidata Dilma Rousseff como ex-ministra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu evitar o clima de campanha, no complexo de Suape. E acabou fazendo apelo à população para que não permita que seu projeto de governo seja interrompido, sob pena de o país regredir.
— O que nós fizemos no Brasil não pode mudar. Se a gente deixar este país regredir...
Sabemos que para se fazer é difícil.
Para derrubar é fácil — disse o presidente, com Dilma a seu lado no palanque, para uma plateia de cerca de três mil pessoas, em sua maioria trabalhadores do complexo industrial portuário de Suape.
Dilma sentou-se na primeira fila, a duas cadeiras do presidente.
Em seguida, quando Lula dirigiu-se ao cais para ver o navio, ficou todo o tempo a seu lado, com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.
Foi lançado o primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). A iniciativa conta com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento, fato ressaltado nos cartazes e faixas no local.
Lula se referiu a Dilma quatro vezes. Na primeira, ao dizer que, antes de assumir, o Brasil era um país desprestigiado no exterior, com o povo com pouca autoestima.
Disse que hoje há mais de cem empresas brasileiras atuando no exterior.
— Mas tudo isso aconteceu não foi por causa de Lula, não foi por causa do governador Eduardo Campos (do PSB, que estava ao lado dele), ou de minha companheira Dilma. Foi porque o povo brasileiro começou a perceber que era preciso mudar.
Bem mais descontraída do que nas visitas anteriores, com calça jeans e blusa de seda branca, e sorridente, Dilma disse que não participou do evento para tirar dividendos eleitorais, mas porque foi uma das pessoas que acreditaram e ajudaram na retomada da indústria naval.
— A legislação permite que eu compareça e obviamente sem falar, até que eu seja formalmente escolhida na convenção. Mas, quanto a participar calada, não vejo problema nenhum.
Dilma não discursou na cerimônia, mas foi citada várias vezes, sobretudo por líderes sindicais.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves dos Santos, apelou para um trocadilho ao registrar a preferência por Dilma: — Aqui, presidente, o seu mandato seria igual ao de Fidel Castro. Como Vossa Excelência não quer, nós temos a obrigação de votar em quem o senhor indicar.
Seu projeto não é só de desenvolvimento, mas de inclusão social. Bom Dilma para todos.
Presidente defende continuidade: "O que fizemos no Brasil não pode mudar", discursa ele ao lançar navio
Letícia Lins
Enviada especial
IPOJUCA (PE). Na primeira cerimônia oficial de governo com a presença da pré-candidata Dilma Rousseff como ex-ministra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu evitar o clima de campanha, no complexo de Suape. E acabou fazendo apelo à população para que não permita que seu projeto de governo seja interrompido, sob pena de o país regredir.
— O que nós fizemos no Brasil não pode mudar. Se a gente deixar este país regredir...
Sabemos que para se fazer é difícil.
Para derrubar é fácil — disse o presidente, com Dilma a seu lado no palanque, para uma plateia de cerca de três mil pessoas, em sua maioria trabalhadores do complexo industrial portuário de Suape.
Dilma sentou-se na primeira fila, a duas cadeiras do presidente.
Em seguida, quando Lula dirigiu-se ao cais para ver o navio, ficou todo o tempo a seu lado, com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.
Foi lançado o primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). A iniciativa conta com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento, fato ressaltado nos cartazes e faixas no local.
Lula se referiu a Dilma quatro vezes. Na primeira, ao dizer que, antes de assumir, o Brasil era um país desprestigiado no exterior, com o povo com pouca autoestima.
Disse que hoje há mais de cem empresas brasileiras atuando no exterior.
— Mas tudo isso aconteceu não foi por causa de Lula, não foi por causa do governador Eduardo Campos (do PSB, que estava ao lado dele), ou de minha companheira Dilma. Foi porque o povo brasileiro começou a perceber que era preciso mudar.
Bem mais descontraída do que nas visitas anteriores, com calça jeans e blusa de seda branca, e sorridente, Dilma disse que não participou do evento para tirar dividendos eleitorais, mas porque foi uma das pessoas que acreditaram e ajudaram na retomada da indústria naval.
— A legislação permite que eu compareça e obviamente sem falar, até que eu seja formalmente escolhida na convenção. Mas, quanto a participar calada, não vejo problema nenhum.
Dilma não discursou na cerimônia, mas foi citada várias vezes, sobretudo por líderes sindicais.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves dos Santos, apelou para um trocadilho ao registrar a preferência por Dilma: — Aqui, presidente, o seu mandato seria igual ao de Fidel Castro. Como Vossa Excelência não quer, nós temos a obrigação de votar em quem o senhor indicar.
Seu projeto não é só de desenvolvimento, mas de inclusão social. Bom Dilma para todos.
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