DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Discurso do presidente, que destacava aspectos positivos de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sua sucessão, foi cortado pela emissora NBR
Angela Lacerda
ENVIADA ESPECIAL/IPOJUCA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou lançamento do primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Transpetro, para fazer campanha da petista Dilma Rousseff, pré-candidata à sua sucessão, que o acompanhou na visita a Ipojuca (PE).
Sem citar o nome de Dilma, Lula disse que o Brasil não pode regredir: "Sabemos que fazer é difícil, mas para derrubar é fácil."
A NBR, emissora estatal do governo federal, suprimiu trechos dos áudios que faziam referências positivas a Dilma. O corte das falas incluiu até o discurso de Lula - tudo substituído por uma locutora em off, que dava informações do estúdio em Brasília.
Segundo a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), a quem a NBR paga pelas transmissões dos eventos do governo, houve orientação prévia para cortar referências a Dilma. A decisão foi para impedir a veiculação de discurso que pudesse ser interpretado como favorável a ex-ministra.
O primeiro alvo foi o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves dos Santos. "Por causa da Lei Eleitoral, o presidente Lula não pode falar. Mas eu posso", afirmou, antes de ser substituído pela voz da locutora. Santos elogiou Lula pela recuperação da indústria nacional e afirmou que "se dependesse do povo trabalhador, seu mandato seria igual ao de Fidel Castro". Ele se despediu desejando "Bom Dilma para todos". Nada disso foi ouvido na transmissão da NBR.
Em seguida, ocorreu a mesma prática nos discursos do presidente da Transpetro, Sérgio Machado (PMDB), do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
"Fiquei emocionada vendo o navio sendo rebocado", afirmou Dilma, ao contar que a lutou desde 2003 para construí-lo aqui. / COLABOROU SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para lembrar
Transmitida via cabo e parabólica, a NBR é a TV do Governo Federal. A emissora é operada pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que também retransmite sua programação por emissoras de sinal aberto em várias localidades do País. O objetivo é informar e noticiar as ações do Poder Executivo.
Discurso do presidente, que destacava aspectos positivos de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sua sucessão, foi cortado pela emissora NBR
Angela Lacerda
ENVIADA ESPECIAL/IPOJUCA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou lançamento do primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Transpetro, para fazer campanha da petista Dilma Rousseff, pré-candidata à sua sucessão, que o acompanhou na visita a Ipojuca (PE).
Sem citar o nome de Dilma, Lula disse que o Brasil não pode regredir: "Sabemos que fazer é difícil, mas para derrubar é fácil."
A NBR, emissora estatal do governo federal, suprimiu trechos dos áudios que faziam referências positivas a Dilma. O corte das falas incluiu até o discurso de Lula - tudo substituído por uma locutora em off, que dava informações do estúdio em Brasília.
Segundo a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), a quem a NBR paga pelas transmissões dos eventos do governo, houve orientação prévia para cortar referências a Dilma. A decisão foi para impedir a veiculação de discurso que pudesse ser interpretado como favorável a ex-ministra.
O primeiro alvo foi o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves dos Santos. "Por causa da Lei Eleitoral, o presidente Lula não pode falar. Mas eu posso", afirmou, antes de ser substituído pela voz da locutora. Santos elogiou Lula pela recuperação da indústria nacional e afirmou que "se dependesse do povo trabalhador, seu mandato seria igual ao de Fidel Castro". Ele se despediu desejando "Bom Dilma para todos". Nada disso foi ouvido na transmissão da NBR.
Em seguida, ocorreu a mesma prática nos discursos do presidente da Transpetro, Sérgio Machado (PMDB), do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
"Fiquei emocionada vendo o navio sendo rebocado", afirmou Dilma, ao contar que a lutou desde 2003 para construí-lo aqui. / COLABOROU SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para lembrar
Transmitida via cabo e parabólica, a NBR é a TV do Governo Federal. A emissora é operada pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que também retransmite sua programação por emissoras de sinal aberto em várias localidades do País. O objetivo é informar e noticiar as ações do Poder Executivo.
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