Pré-candidato tucano também criticou a reforma ministerial em andamento
Luciano Barros
CASCAVEL (PR) - Na primeira entrevista coletiva concedida em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República, criticou nesta segunda-feira recente viagem a Portugal da presidente Dilma Rousseff (PT), afirmando o episódio serve como uma amostra da falta de transparência do governo federal. Aécio esteve em Cascavel (PR), onde prestigiou, ao lado do governador Beto Richa (PSDB) e do senador Alvaro Dias (PSDB), a abertura do Show Rural Coopavel, evento direcionado à difusão da tecnologia do agronegócio.
- O que faltou ali é o que tem faltado em várias áreas do governo, mas dessa vez a situação foi retratada de forma caricata: é transparência. A ausência (de transparência) causou mais danos do que a verdade causaria. O que é mais grave é que isso não se restringe a esse episódio. O governo tem omitido várias informações, como o acinte do BNDES e a forma com que foram concedidos os recursos para financiamento do porto cubano. Foi a inauguração da primeira grande obra de seu governo. Poderia ser no Brasil, como no Porto de Paranaguá, que precisa de tantos investimentos, mas não foi - disse o senador mineiro.
Aécio disse ainda que, caso eleito, vai reduzir pela metade o número de ministérios; hoje são 38 os ministérios.
- É um número acintoso e vergonhoso.
Segundo ele, o Brasil só perde para o Sri Lanka.
- E se novos partidos surgirem, com cinco ou dez minutos de televisão, vamos perder também para Sri Lanka.
O pré-candidato tucano criticou a reforma ministerial em andamento.
- Ninguém reforma para piorar. Infelizmente, a lógica que rege as ações do governo não é do interesse nacional, é do interesse eleitoral. Não temos uma presidente da República full time. Nós temos uma candidata a presidente da república full time, com a agenda quase toda focada a reeleição.
Ele afirmou também que vai redirecionar o papel do Ministério da Agricultura, no sentido que recupere a capacidade de influenciar nas decisões da política econômica.
- O Brasil tem sido pouco ousado em seu comércio exterior e na busca por novos mercados. Vamos ter uma safra recorde, mas parte dela será perdida pela falta de capacidade de armazenamento e pela ausência de um seguro agrícola que garanta a tranquilidade e o estímulo ao setor produtivo - afirmou Aécio
Fonte: O Globo
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