O governador e pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, proferiu ontem novas críticas à presidente Dilma Rousseff no comando do governo federal. Durante o primeiro seminário programático do PSB-Rede-PPS, em Porto Alegre (RS), o socialista afirmou que o pacto político comandado por Dilma não tem sinergia e "freia" a implantação das novas demandas sociais, advindas das manifestações populares desde o ano passado.
"Esse pacto político que hoje preside o Brasil já não tem sinergia, já não dialoga com o pacto social novo, a partir das mudanças operadas pelas próprias conquistas que nós ajudamos a fazer. E quando o pacto social e o pacto político não dialogam, um deles vai romper. E o que vai romper é o pacto político velho, que será derrotado pela vontade do povo nas urnas", afirmou Eduardo Campos.
Focando as críticas na área econômica do governo, o socialista fez novo alerta sobre possíveis retrocessos no setor no País. "Agora é a hora de compreender o que aconteceu em 2013: no mundo e no Brasil, com a mudança na plataforma de comunicação, com uma crise econômica, ambiental, de valores, de diálogo que a humanidade passa, e num ciclo em que o país começa a perder a altura, na sua economia. Começa a ficar claro, a falta de um planejamento para uma nação que é a sexta (economia) do mundo, que é estratégica para, não só o nosso equilíbrio, mas para o mundo como um todo", disse o governador.
Presente no evento, a ex-senadora Marina Silva afirmou que o descompasso entre o governo federal e a população será decida de forma diferente na próxima eleição. "Tenho dito que quem vai ganhar essa eleição é o tablado e não o palanque. O tablado é diferente do palanque, que fica lá em cima. Do tablado, você tem que descer um pouco mais abaixo para, em vez de olhar de cima para baixo, olhar de baixo para cima, para ver o que está acima de nós. E o que está acima de nós é o Brasil", pronunciou a ex-ministra.
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, relembrou as questões históricas que garantiram o que ele chama de realinhamento político de esquerda.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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