Por Ana Conceição – Valor Econômico
SÃO PAULO - Analistas do mercado financeiro continuam a piorar as estimativas de inflação e atividade para o biênio 2015-2016, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC).
A mediana das projeções para o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano subiu, pela sétima semana, de 9,85% para 9,91%. Para 2016, avançou de 6,22% para 6,29%. Em 12 meses, houve uma ligeira desaceleração, de 6,50% para 6,47%.
No caso do IPCA de outubro, que será divulgado nesta semana pelo IBGE, foi previsto uma elevação de 0,79%.
Apesar de esperarem uma inflação mais alta, os analistas não mexeram nas expectativas para o juro básico da economia. As projeções para a Selic ao fim deste ano e do próximo ficaram em 14,25% e 13%, respectivamente.
Entre os analistas Top 5, os que mais acertam as previsões, as estimativas para o IPCA estão mais altas que as do mercado em geral e eles também mantiveram suas projeções de Selic. Para o IPCA deste ano, a expectativa é de aumento de 10,03%, em vez de 9,95%, e, para o próximo, de 7,33%, em lugar de 7,30%. A Selic seguiu em 14,25% e 12,75%, nesta ordem.
Entre os fatores que influenciam a inflação, o Focus mostra uma nova deterioração nas estimativas para os preços administrados em 2015, indo de alta de 16,11% para 16,5%, e no próximo calendário, saindo de 6,6% para 6,75% de incremento. Ficaram estáveis as projeções para o dólar ao fim de ambos os anos, em R$ 4 e R$ 4,20.
Quanto à atividade, a projeção para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) saiu de queda de 3,02% para recuo de 3,05% neste ano (16ª revisão para baixo) e de contração de 1,43% para declínio de 1,51% no próximo exercício. A produção industrial deve se retrair 7% em 2015, mesma estimativa contemplada anteriormente. Em 2016, a queda deve se situar em 2%. Antes, o prognóstico era de recuo de 1,5%.
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