Em certos momentos dos pronunciamentos de Dilma Rousseff fica-se em dúvida se estamos ouvindo as palavras da Presidente da República ou de algum líder oposicionista.
No 7 de setembro a presidente, além de fazer afirmativas que contrariam os fatos conhecidos e sentidos por todos os brasileiros – negando a inflação alta, a cesta básica mais cara, o crescimento da economia medíocre e mesmo negativo da indústria e o baixo índice de criação de empregos e de investimentos – e repetir promessas já feitas sem alcançar os objetivos declarados ( na educação, na mobilidade urbana, na infraestrutura logística ), resolveu fazer um discurso sobre a área mais mal avaliada do governo – a Saúde - digno de um líder da oposição.
Ela disse: “...o pacto da Saúde irá produzir resultados rápidos e efetivos... especialmente você que mora na periferia das grandes cidades, nos pequenos municípios e nas zonas mais remotas do país, porque você conhece bem o sofrimento de chegar a um posto de saúde e não encontrar médico, ou ter que viajar centenas de quilômetros em busca de socorro. O Brasil tem feito e precisa fazer mais investimentos em hospitais e equipamentos, porém a falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor diminuída e muita fila reduzida nos hospitais apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde”.
No dia de hoje, em São Gonçalo, Dilma reforçou o seu discurso: “vocês sabem onde falta médico? Em Ipanema, não falta não, nem no Leblon. Agora aqui falta.”
Fala como se não tivesse nada com isso, não fosse de sua inteira responsabilidade uma área que o seu governo tratou com tanta incompetência e desídia.
Depois de 11 anos de governo ela e seus ministros não sabiam o que todo mundo já sabia? Busca agora alguns remendos – o “mais médicos” - para salvar a sua própria pele?
Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB
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