Ex-presidente minimiza também melhora de Lula nas intenções de voto
Luiza Souto | O Globo
SÃO PAULO - Ao comentar a pesquisa Datafolha divulgada neste domingo pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse ao GLOBO que torce para que as intenções de voto no deputado federal Jair Bolsonaro tenham um teto, que possa inviabilizar uma eventual vitória sua numa eleição presidencial.
No levantamento, os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin caíram na preferência dos eleitores enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) melhoraram o desempenho na corrida presidencial de 2018.
- Claro que preocupa. Bolsonaro vai ter um limite, eu espero - afirma o tucano, questionado sobre a rejeição a Alckmin e Aécio — disse FH.
Ele ainda ponderou que a eleição ainda longe e procurou minimizar a melhora de Lula:
- A eleição ainda está muito longe. Qualquer prognóstico agora não tem base. Primeiro vamos ver quem fica em pé depois da Lava-Jato. Depois vamos ver o que faz. E se ninguém ficar em pé você fecha a porta e vai embora - brinca o tucano, presente na inauguração da Escola Internacional de São Paulo, em Higienópolis, bairro nobre da Zona Oeste da capital.
FH foi também questionado sobre a popularidade ascendente do prefeito de São Paulo João Doria ( PSDB), com desempenho melhor do que seus dois colegas de partido, mas ele preferiu desconversar.
- Também tem outros crescendo. É cedo. O que é asfixiante hoje é o desemprego no Brasil. E o Congresso tem que votar leis necessárias para o Brasil. O resto é para ver depois. Nós não temos um horizonte - conclui.
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