PT diz que vai insistir na candidatura de líder barrado pelo TSE
- O Globo
RIO — No programa eleitoral de rádio desta terça-feira, o PT insistiu na candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, mas já começou a ressaltar o nome de Fernando Haddad, o vice da chapa, que fez um "juramento de lealdade" ao líder petista na propaganda.
Geraldo Alckmin (PSDB) apostou em apresentar propostas para a saúde e tentou convencer o eleitor de que votar em Jair Bolsonaro (PSL) seria "errar outra vez".
Com Lula barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para concorrer à Presidência, em função da condenação em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá, a campanha petista reforçou o elo do líder petista com o vice da chapa, Fernando Haddad, no programa eleitoral de rádio desta terça-feira. Ainda assim, o partido ressaltou que "vai seguir lutando pelo direito de Lula ser candidato". No começo da semana, ministros do TSE determinaram que o PT suspendesse campanhas que promovessem Lula como cabeça da chapa em razão de sua inelegibilidade.
— Eu sou Fernando Haddad, vice-presidente. Os que perseguem Lula perseguem o povo brasileiro. Ele está preso enquanto o governo Temer bagunça o país. Aqui, eu faço juramento de lealdade a Lula. Não vamos descansar. Vamos libertar os brasileiros de toda essa injustiça — ressaltou o ex-prefeito de São Paulo sobre a iniciativa do partido de recorrer do veto do TSE.
A campanha ressaltou que "Haddad é Lula" e "Lula é Haddad", uma das estratégias do partido já usadas para promover o nome do vice, que não goza da mesma popularidade do líder, hoje preso em Curitiba.
Já Geraldo Alckmin (PSDB) tentou relacionar o governo do PT a uma eventual administração de Jair Bolsonaro (PSL), líder das pesquisas de intenção de voto na ausência de Lula. Segundo a campanha, não é hora de "votar no impulso e na raiva e errar outra vez". O programa eleitoral do tucano mostrou um diálogo entre eleitores em que um deles ressalta ter votado em Dilma Rousseff (PT) e decidido apoiar Bolsonaro este ano.
"Você não aprende mesmo", diz o interlocutor, apoiador de Alckmin.
Henrique Meirelles (MDB) ressaltou seu histórico limpo de investigações e ressaltou que não aposta na polarização do Brasil. O candidato do governo destaca que divide as pessoas entre "quem ajuda" o país ou não na hora da necessidade. Ciro Gomes (PDT), por sua vez, voltou a detalhar sua proposta de limpar o nome dos brasileiros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) por meio da renegociação de juros e multas.
Candidato do PSOL, Guilherme Boulos usou os seus segundos para exibir uma declaração de apoio ao ator Wagner Moura, que se disse "indignado" e apontou o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) para "mudar essa esculhambação".
Álvaro Dias (Podemos) tentou reforçar a sua posição anti-corruptos. Disse no rádio que apoiou o impeachment de Dilma para "parar o PT", a cassação do presidente Michel Temer para "parar a corrupção" e a prisão de Lula. Defendeu ainda o juiz federal Sergio Moro por considerar que "a Operação Lava-Jato está em perigo".
— A maior vítima é você. Abre o olho — alertou o candidato.
Bolsonaro só teve tempo de apresentar a coligação "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos". João Amoêdo (Novo) prometeu acabar com o programa eleitoral obrigatório. E o PSTU ressaltou sua chapa e seu número aos eleitores.
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