Desse modo, é a partir do modo de escrever
a história de um partido que resulta o conceito que se tem sobre o que é um
partido ou sobre o que ele deva ser. O sectário se exaltará com os pequenos
fatos internos, que terão para ele um significado esotérico e o encherão de entusiasmo
místico; o historiador, mesmo dando a cada coisa a importância que tem no
quadro geral, acentuará sobretudo a eficiência real do partido, sua força
determinante, positiva e negativa, sua capacidade de contribuir para a criação
de um acontecimento e também para impedir que outros acontecimentos se
verificassem.”
*Antonio Gramsci, Cadernos do Cárcere, 3ª
edição, v. 3, p. 87-88. Civilização Brasileira, 2007.
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