• Em posse de ministro, presidente não cita denúncias sobre estatal
Mariana Haubert – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff ignorou a crise na Petrobras e a mais nova operação da Polícia Federal ao discursar por cerca de dez minutos na posse de mais um ministro nesta quinta (5), no Planalto.
Em rápida cerimônia que começou às 10h40, Dilma deu posse ao novo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Mangabeira Unger, que assume o posto no lugar de Marcelo Neri. Na saída, ela não deu entrevistas.
A presidente afirmou em seu discurso que o país deve usar os recursos provenientes da exploração do pré-sal como "passaporte" para se chegar à qualidade educacional. Apesar de citar um dos principais investimentos da Petrobras, a presidente não fez qualquer menção à crise política que a empresa enfrenta.
"Eu acredito que fazer do Brasil uma pátria educadora é transformar, como sempre dissemos, o nosso passaporte do pré-sal em qualidade educacional", disse.
Além das denúncias de corrupção na estatal, Dilma enfrenta outro problema mais urgente: precisa definir um nome para substituir Graça Foster no comando da empresa.
A SAE é responsável por assessorar diretamente o presidente da República no planejamento nacional e na formulação de políticas públicas de longo prazo voltadas ao desenvolvimento nacional. A secretaria é responsável pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
"Nós precisamos ligar todas as políticas de curto prazo a uma visão de longo prazo do nosso país", disse Dilma.
Mangabeira Unger foi o primeiro ministro da SAE. Ele assumiu a secretaria em 2007, quando ela ainda se chamava Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, e permaneceu no cargo até 2009.
Desde 1971, Unger é professor da Universidade Harvard, nos EUA. Ele interrompeu seu período na academia para assumir o cargo e retornou assim que saiu do governo. Unger é filiado ao PMDB.
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