Com oposição esvaziada, partidos parceiros no governo Dilma protagonizam a principal rivalidade nas eleições
Partidos admitem por ora alianças apenas em Goiânia, Rio, Minas Gerais, Paraíba, Santa Catarina e Sergipe
Andréia Sadi, Maria Clara Cabral
BRASÍLIA - Parceiros no cenário nacional, PT e PMDB se preparam para disputar o comando de mais da metade das capitais nas eleições deste ano.
Com a oposição esvaziada, representantes das duas legendas já avaliam que elas protagonizarão a principal rivalidade no pleito deste ano.
Segundo um peemedebista, o PT terá que "crescer para cima" de aliados.
Cruzamento feito pela Folha a partir de dados passados pelas siglas mostra que os partidos podem estar em palanques opostos em 14 das 26 capitais -entre elas São Paulo e Salvador.
É quase o dobro das disputas entre as siglas no último pleito municipal, em 2008, quando estiveram em lados diferentes em oito capitais.
Por enquanto, os partidos admitem alianças apenas em Goiânia, Rio, Minas, Paraíba, Santa Catarina e Sergipe.
Os demais cenários estão indefinidos. Até 15 de janeiro, o PT quer realizar encontros regionais para decidir o apoio a aliados, como o PSB, que vê na eleição deste ano uma oportunidade para se fortalecer em 2014, quando ocorrem as eleições presidencial e de governadores.
Além das capitais, os líderes preveem uma briga ainda mais acirrada por cidades médias e pequenas.
A avaliação da cúpula petista é que a intensidade da disputa é um reflexo da ""busca por território"", já que a oposição está encolhendo.
"O PT vai fazer todo o esforço para minimizar os danos de eventuais disputas, que não vão refletir na aliança no Congresso", disse o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP).
Líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN) usa um discurso parecido. "Somos os maiores partidos. É natural que tenham maiores disputas entre eles, mas é uma disputa tem data para acabar"", afirmou.
Para Alves, a rivalidade municipal não prejudica a aliança para 2014. Em São Paulo, PMDB e PT já têm nomes: o deputado federal Gabriel Chalita e o ministro da Educação, Fernando Haddad, respectivamente.
O PT ainda quer a desistência de Chalita, mas o PMDB descarta a possibilidade e só admite uma aliança em um eventual segundo turno.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário