A presidente Dilma Rousseff prometeu adotar "sistematicamente" medidas para expandir investimentos e o consumo e garantir expansão mais forte da economia. "Quem aposta na crise, como há quatro anos, vai perder de novo", disse, em reação semelhante à de seu antecessor, Lula, em 2009.
Dilma repete Lula e diz que "quem aposta na crise, como há 4 anos, vai perder de novo"
Lu Aiko Otta, Sandra Manfrini
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff prometeu ontem adotar "sistematicamente" medidas para expandir os investimentos e o consumo e garantir, assim, uma maior expansão da economia. "Quem aposta na crise, como há quatro anos, vai perder de novo", disse ela em solenidade do Dia Mundial do Meio Ambiente.
Dilma repetiu seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que em fevereiro de 2009 disse que quem apostasse que o Brasil quebraria por causa da crise internacional iria "quebrar a cara". Na avaliação de Dilma, a economia mundial passa por uma "segunda onda" da crise de 2008, mas o Brasil tem um "arsenal de providências" a serem adotadas. "Sistematicamente, tomaremos medidas para expandir o investimento público, estimular o investimento privado e o consumo das famílias."
As afirmações foram feitas um dia depois de a presidente anunciar que adotará uma "política pró-cíclica de investimentos" e de ter se reunido com os principais integrantes da equipe para cobrar mais velocidade nos projetos. Há uma semana, o Estado informou que Dilma havia pedido um "choque de investimentos" ante os sinais de fraco crescimento. Analistas projetam alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,7% em 2012, igual a 2011.
A estratégia de "bombar" a economia este ano com a ajuda dos gastos federais, porém, corre riscos. Um dos principais executores dos investimentos do governo, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, não deu garantias de que conseguirá desembolsar em 2012 um volume superior ao de 2011. Levantamento da organização não governamental Contas Abertas feito a pedido do Estado mostra que os investimentos federais estão em queda. A principal razão são os menores gastos em rodovias.
Ascendente. O ministro foi um dos convocados para a reunião com Dilma e confirmou que ela pediu para acelerar os projetos. Ele admitiu que sua pasta enfrentou problemas para executar os investimentos, mas disse que há várias licitações cujas obras começarão nos próximos meses. "Estamos numa ascendente." O governo quer contratar obras de manutenção em 34 mil quilômetros de rodovias. Passos acrescentou que um terço dos contratos já estão publicados.
Na área de construção, ele citou a ponte sobre a lagoa de Imaruí, em Santa Catarina, uma obra de R$ 500 milhões na BR-101, visitada por Dilma em maio. O Estado receberá mais uma obra de R$ 800 milhões na BR-280 e de R$ 1 bilhão na BR-470. Há licitações em andamento para outros Estados, como R$ 3 bilhões na BR-381. Na Bahia, serão R$ 40 milhões na BR-235. Em Mato Grosso, R$ 350 milhões na BR-242.
Passos disse que precisa concluir todos esses processos licitatórios. Só então poderá afirmar se será possível executar um volume maior de investimentos em 2012 do que em 2011.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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