Na Bahia, a presidente Dilma criticou as medidas de austeridade da Europa contra a crise e enalteceu o governo, frisando que os juros "estão num nível como nunca antes na história do país", repetindo o bordão de Lula
Dilma critica Europa e fala em "nunca antes..."
Na Bahia, presidente usa bordão de Lula e diz que "foi-se o tempo em que era concebível crescer o bolo para dividir depois"
MARAGOJIPE (BA). A presidente Dilma Rousseff aproveitou as cerimônias de lançamento do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, no município de Maragojipe (BA), e do batismo da plataforma P-59 para enaltecer as ações do governo pró-crescimento. Ao lado da presidente da Petrobras, Graça Foster, ela criticou as medidas de austeridade adotadas por países europeus como a Espanha no combate à crise econômica. Segundo a presidente, o Brasil usa fórmula mais eficiente: fomentar o desenvolvimento "distribuindo o bônus para o povo". Na estratégia do governo, destacou a redução dos juros, "que estão num nível como nunca antes na História deste país", disse, repetindo a expressão consagrada pelo ex-presidente Lula.
- Hoje, eles (os espanhóis) estão cortando o 13 salário, 30% do salário dos vereadores e aumentando impostos e (mesmo assim) o país vai de mal a pior. Nós queremos reduzir os nossos custos com base na redução dos impostos e na capacitação cada vez maior da nossa força de trabalho. Foi-se o tempo em que era concebível crescer o bolo para dividir depois - completou a presidente, fazendo menção à teoria de Delfim Netto, ministro da Fazenda à época do governo militar, para garantir o crescimento econômico.
A presidente afirmou ainda que seu governo age para garantir que o país tenha o melhor desenvolvimento possível. Anteontem, para rebater críticas sobre o fraco avanço da economia em maio, Dilma afirmara que "uma grande nação não se mede pelo PIB". Ela ressaltou que tem adotado medidas contra os gargalos que entravam o crescimento, como redução de impostos e a prática de "taxas de câmbio que impedem que a indústria brasileira seja sucateada".
No discurso, a presidente se comprometeu a continuar reduzindo o chamado custo Brasil e a usar a crise internacional como oportunidade de crescimento sem "reduzir os salários e os ganhos sociais que os trabalhadores conquistaram ao longo de uma vida de luta".
Graça chama Gabrielli para entrevista coletiva
De acordo com Graça Foster, as prioridades da Petrobras sob seu comando são as mesmas dos tempos de seu antecessor José Sergio Gabrielli: intensificar a exploração e a produção. Ela destacou os vários projetos de infraestrutura pesada hoje em desenvolvimento pela empresa, como a fabricação de sondas de perfuração: "Estão previstas mais 33 no Brasil". E também convidou o ex-presidemte para participar da coletiva de imprensa.
Graça Foster ressaltou que, apesar de os projetos terem sido aprovados na gestão anterior, sente-se responsável por eles:
- Eu era diretora de gás e energia e nunca fui voto contrário. Sou parte de tudo o que deu certo e também do que porventura saiu errado.
FONTE: O GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário