• Exibido nesta quinta, a inserção em TV apostou na comparação entre governos petistas e tucanos para afirmar que a presidente Dilma Rousseff é a melhor opção de mudança exigidas pela população
Ricardo Galhardo - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O programa partidário do PT exibido na noite desta quinta-feira, 15, em cadeia nacional de TV apostou na comparação entre os governos petistas e tucanos para tentar convencer o eleitorado de que a presidente Dilma Rousseff é a melhor opção para executar as mudanças exigidas pela população.
O programa repetiu as inserções que mostravam os "fantasmas do passado" exibidas no início da semana. Mas também buscou explorar o "futuro". "Nós podemos falar de futuro" foi o lema da propaganda partidária do PT desta quinta.
Enquanto pesquisas recentes mostram a queda da aprovação e das intenções de voto de Dilma e o aumento do número de pessoas que desejam que o próximo governo seja diferente do atual, a presidente tentou se justificar.
"Mudar não é fácil. Todo governo de mudança encontra obstáculos", disse Dilma, que admite não ter sido eleita "apenas para dar continuidade às conquistas do governo Lula".
Na sequência o programa enumerou comparações com o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Um dos pontos foi a inflação, tema explorado pela oposição, cuja média é de 6.08% nos três primeiros anos da gestão Dilma Rousseff contra mais de 9% de nos oito anos de FHC e a presidente reitera que manterá a "mão firme" no controle dos preços.
Além de dar uma resposta sobre a inflação, a propaganda petista tentou destacar aspectos positivos na gestão econômica de Dilma como o aumento da renda e do emprego. "Não basta (a economia) crescer nos números dos economistas. É preciso crescer na vida das pessoas", diz o programa.
Enquanto petistas históricos como José Dirceu e José Genoino cumprem pena em regime fechado na penitenciária da Papuda por determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, o programa do PT diz que nunca se combateu tanto a corrupção quanto nos governos do partido e elogia o "Judiciário independente".
O roteiro da propaganda dirigida pelo publicitário João Santana contrasta com o discurso oficial do PT. No 14o Encontro Nacional do PT, dia 2 de maio, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, acusou Barbosa de ser responsável pela vida de Genoino, que enfrenta problemas cardíacos. No último domingo Falcão divulgou uma nota na qual chama o ministro do STF de "arbitrário" por manter em regime fechado petistas que teriam direito ao semiaberto.
"O que você prefere, avançar no combate à corrupção ou voltar ao passado?", questionou a propaganda petista.
O texto é intercalado com discurso de Lula também no 14 Encontro Nacional do PT no qual ele cobra punição a petistas que cometem erros. Os únicos petistas que aparecem no programa são Dilma, Lula e Falcão.
O programa começou com a peça sobre os "fantasmas do passado" veiculadas no início da semana, comparadas em tom crítico com a propaganda feita pelo PSDB em 2002 na qual a atriz Regina Duarte dizia ter medo da vitória do PT.
A peça foi interpretada como uma tentativa de polarizar a disputa com o PSDB. Ontem o PT também apontou o risco de um "salto no escuro", em referência indireta a pré-candidato do PSB, Eduardo Campos.
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