• Solidariedade formaliza presença na coligação de Aécio Neves e oferece nome para compor a chapa tucana na corrida pelo Planalto. Decisão sobre o número dois da campanha só deve sair no último dia de convenções, em 30 de junho
- Correio Braziliense
Em convenção nacional em São Paulo, o Solidariedade (SDD) oficializou ontem apoio à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República. "O Solidariedade não apenas participa da nossa aliança, mas daquilo que será fundamental para os brasileiros, que é a formulação do nosso programa de governo", anunciou o presidenciável. No encontro, foi aprovada a indicação do nome do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, para a vaga de vice na chapa de Aécio Neves.
O candidato deve anunciar o escolhido para compor sua chapa só em 30 de junho, último dia para definir as candidaturas. Na convenção, o presidenciável comparou a indecisão da escolha do vice ao time da seleção pelo "excesso de nomes qualificados". "É como o problema do Felipão: tem muita gente boa no banco para entrar e muita gente boa em campo. O que precisamos é azeitar o time. É fazer com que o vice seja complementar ao candidato a presidente e à estratégia da chapa", disse. "E, no dia 30, vamos escolher o que seja melhor para vencer as eleições", anunciou.
Presidente nacional do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva não poupou críticas ao governo do PT durante discurso de apoio a Aécio. "Estamos na oposição porque nenhuma de nossas reivindicações foi atendida", justificou. "Enfrentamos um governo que trouxe de volta a maldita inflação e o desemprego através da desindustrialização. Destruíram a Petrobras com roubalheira", criticou. Já Aécio considerou o apoio uma atitude de coragem. "O Solidariedade nasce na oposição porque compreendeu que deveria ficar ao lado dos trabalhadores e não do governo. Teve coragem!", disse. "Sabe a palavra que mais se fala na convenção do PT? Mudança. Esse governo é tão ruim que até o PT quer mudar", emendou.
Corrupção
O presidenciável ressaltou que seu governo vai tirar o Brasil da "estagnação para permitir o crescimento sustentável e acabar com o processo de desindustrialização" registrado em São Paulo. "Quero iniciar uma travessia que resgate a dignidade dos aposentados brasileiros; reconciliar o Brasil com a decência e a honestidade que abandonaram o governo federal. Vamos reestatizar a Petrobras, que o governo ocupou com um projeto de poder", atacou Aécio Neves.
O presidenciável também minimizou o fato de ter de dividir palanque com Eduardo Campos (PSB-PE) em alguns estados. "O PSDB apresentará ao Brasil um projeto que vai substituir o aparelhamento da máquina pública, a ineficiência, a visão atrasada de mundo, que se transformaram nas principais marcas do governo do PT. Da nossa parte, não há absolutamente nada a explicar". Depois do evento, Aécio ainda comemorou a adesão do PTB à campanha (Leia na página 4). Na convenção, o Solidariedade também anunciou apoio à reeleição de Geraldo Alckmin em São Paulo.
"O que precisamos é azeitar o time. É fazer com que o vice seja complementar ao candidato a presidente e à estratégia da chapa"
Aécio Neves, candidato à Presidência pelo PSDB
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