Repousa tuas
puras ancas e o arco
de flechas
molhadas
estende na noite as
pétalas que formam
tua forma
que subam as tuas
pernas de argila o
silêncio e sua clara
escada
degrau a degrau
voando comigo no
sonho
eu sinto que
ascendes então à
árvore sombria que
canta na sombra
Escura é a noite do
mundo sem ti,
amada minha,
e apenas entrevejo
a origem, apenas
compreendo o
idioma,
com dificuldades
decifro as folhas do
eucaliptos
(Publicado no Segundo Caderno de O Globo, 19 de junho de 2014)
Nenhum comentário:
Postar um comentário