“O PT já viveu situação oposta da que vive hoje, durante os vários anos em que contou com o entusiasmo da população. O partido em geral e Luiz Inácio da Silva em particular desfrutaram de uma paixão por vezes insana, cega aos casos que evidenciavam abusos decorrentes da mistura do dinheiro público com a atividade partidária desde os primórdios da gestão petista e surda às barbaridades ditas por Lula em seus discursos diários quando presidente.
Livre, até de reação à altura, para dizer o que bem quisesse. Inclusive para pregar o ódio a “eles” (os poucos que discordavam) e fomentar a intolerância em relação não apenas ao exercício, como à simples existência de oposicionistas no País. Estes cresceram e apareceram. De minoria viraram maioria e assim caminha a democracia num Brasil que aguenta o tranco e, com liberdade, supera as adversidades. ”
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Dora Kramer, jornalista, ‘Sagrada divergência’, O Estado de S. Paulo, 27.12.15.
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