PR, PP, DEM, PRB e Solidariedade negociam pacto de união em aliança para a Presidência
Jeferson Ribeiro | O Globo
Cinco partidos com capilaridade nacional, uma bancada de 165 deputados federais e mais de R$ 600 milhões para financiar campanhas, um quarto do total. Esse é o cacife eleitoral do núcleo duro do centrão, que negocia um acordo de união para apoiar uma candidatura presidencial, que pode até nascer das fileiras de PP, PR, DEM, PRB ou Solidariedade.
Uma candidatura puro-sangue do centrão, porém, não parece viável com seus atuais pré-candidatos: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pelo DEM; o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, pelo PRB; ou o ex-deputado federal Aldo Rebello, pelo Solidariedade. Nas pesquisas mais recentes, cada um deles atingiu, no máximo, um ponto percentual de intenção de votos.
Essas alternativas animam tão pouco o centrão que teve início uma articulação pela candidatura à Presidência de Josué Alencar, dono da Coteminas e filho de José Alencar (vice-presidente de Lula). Essas legendas consideram que o eleitorado teria mais interesse por um outsider como o empresário, que se filiou ao PR.
Mas o centrão é, também, uma noiva com um dote que interessa a qualquer candidatura presidencial. Por isso, pré-candidatos como o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) nem pensam em dispensar essas legendas.
O pedetista já disse que PR e PP têm entre seus filiados dois empresários que se encaixariam como uma luva como candidatos a vice-presidente no seu projeto. Ele citou Alencar e o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, que recentemente se filiou ao PP.
Alckmin também está de olho no centrão, mas mantém conversas mais constantes com o DEM, que foi parceiro preferencial dos tucanos nas eleições presidenciais desde 1998, quando o partido ainda se chamava PFL.
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