Com a ausência do presidente Lula, entregue aos muitos compromissos de líder internacional e patrono de Honduras, a crise do escândalo do Congresso avança nos cofres da Viúva em estripulias como a decisão da Mesa Diretora do Senado que, com o descaro de legislar em causa própria, autorizou os seus ilustres e endinheirados membros e os 11 líderes partidários a designar três funcionários comissionados para os respectivos escritórios políticos, em suas bases eleitorais. Cada um, enriquecido com dois assessores técnicos de coisa nenhuma, com salários de R$ 9.900 e um secretário legislativo, com R$ 7.600 mensais para trabalhar na campanha, atendendo eleitores, cavando votos com a gana de quem também cuida dos próprios interesses, pois eleito o chefe terão a mamata garantida, com os reajustes da gratidão.
O miniescândalo foi justificado pela Mesa Diretora com a alegação de que todos os líderes partidários, sem exceção, haviam solicitado o pequeno obséquio para facilitar a reeleição de senadores, inclusive dos senadores de garupa, que nunca viram a cor de um voto e agora terão que correr atrás dos eleitores. E numa temporada em que a ousadia pode custar uma chuva de pedras.
Nem todos os líderes ficaram mudos. Poucos protestaram, alegando que não foram consultados nem concordam com uma decisão que não tem amparo legal. O senador José Agripino (RN), líder do DEM, estrilou: “Não fui consultado e não concordo”.
Um tom abaixo, o senador Aloizio Mercadante (SP), líder do PT, alegou que não foi consultado sobre o assunto.
E, para fechar a ciranda, cirandinha, o líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES), ficou entre a malícia e a ingenuidade: “Acho que esse é um assunto que pode parecer que estamos dando passos atrás”. Acha, senador? O que preciso é para que acredite? Mas, vá lá. A campanha ainda não começou para valer, embora as preliminares sejam decisivas para a montagem das chapas, as alianças partidárias e as amiudadas pesquisas que sinalizam as tendências do eleitorado.
Junho é o mês das convenções. A propaganda eleitoral nas emissoras de rádio e nas redes de TV começa em 15 de agosto. E mais a intensa participação da internet. É quando a campanha incendeia até as eleições, em 3 de outubro.
E esta é uma campanha que reserva surpresas, pois nada está decidido. A referência para a especulação é o presidente Lula, que seria o favorito absoluto no caso do terceiro mandato que morreu na praia, com a sua coerente recusa. E daí em seguinte, com os muitos escândalos em que se enroscou como arame farpado enferrujado em esteio de cerca – do caixa 2 com dinheiro escuso para financiar a campanha de candidatos do partido ao mensalão - o Partido dos Trabalhadores perdeu pontos no respeito do presidente. Na hora de escolher candidato, o PT nem tinha um favorito destacado, e a lista dos possíveis era francamente decepcionante.
Lula foi para o tudo ou nada escolhendo, à revelia do PT, a ministra Dilma Rousseff, chefe do Gabinete Civil e com escassa experiência política. E a ministra caminha em sinuosa linha de contradições que, se adivinhadas por Lula, não correria o risco que ainda causa a apreensão do câncer linfático. Submetida com rigor espartano à quimioterapia, com a série de sessões que a obrigavam a viagens quinzenais a São Paulo, dona Dilma pode comemorar a cura com 90% de êxito absoluto e os 10% da cautela dos especialistas.
Mas a candidata e o seu patrono têm cometido erros primários e evitáveis, com a mistificação das viagens pelo país a pretexto de acompanhar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o apêndice do Minha Casa Minha Vida, com a promessa da construção de 1 milhão de moradias populares sem data para a inauguração da milionésima residência. Mas são duas poderosas alavancas de voto, ajudadas pelo Bolsa Escola, o Bolsa Família, o Bolsa Educação e outros programas que atendem às urgentes necessidades fundamentais da imensa mancha da extrema pobreza em todo o país, das favelas nas grandes cidades aos barracos pendurados nos morros do interior.
Não teremos que esperar muito. A campanha para valer não demora a separar o joio dos aventureiros do trigo que o diabo não amassou.
O miniescândalo foi justificado pela Mesa Diretora com a alegação de que todos os líderes partidários, sem exceção, haviam solicitado o pequeno obséquio para facilitar a reeleição de senadores, inclusive dos senadores de garupa, que nunca viram a cor de um voto e agora terão que correr atrás dos eleitores. E numa temporada em que a ousadia pode custar uma chuva de pedras.
Nem todos os líderes ficaram mudos. Poucos protestaram, alegando que não foram consultados nem concordam com uma decisão que não tem amparo legal. O senador José Agripino (RN), líder do DEM, estrilou: “Não fui consultado e não concordo”.
Um tom abaixo, o senador Aloizio Mercadante (SP), líder do PT, alegou que não foi consultado sobre o assunto.
E, para fechar a ciranda, cirandinha, o líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES), ficou entre a malícia e a ingenuidade: “Acho que esse é um assunto que pode parecer que estamos dando passos atrás”. Acha, senador? O que preciso é para que acredite? Mas, vá lá. A campanha ainda não começou para valer, embora as preliminares sejam decisivas para a montagem das chapas, as alianças partidárias e as amiudadas pesquisas que sinalizam as tendências do eleitorado.
Junho é o mês das convenções. A propaganda eleitoral nas emissoras de rádio e nas redes de TV começa em 15 de agosto. E mais a intensa participação da internet. É quando a campanha incendeia até as eleições, em 3 de outubro.
E esta é uma campanha que reserva surpresas, pois nada está decidido. A referência para a especulação é o presidente Lula, que seria o favorito absoluto no caso do terceiro mandato que morreu na praia, com a sua coerente recusa. E daí em seguinte, com os muitos escândalos em que se enroscou como arame farpado enferrujado em esteio de cerca – do caixa 2 com dinheiro escuso para financiar a campanha de candidatos do partido ao mensalão - o Partido dos Trabalhadores perdeu pontos no respeito do presidente. Na hora de escolher candidato, o PT nem tinha um favorito destacado, e a lista dos possíveis era francamente decepcionante.
Lula foi para o tudo ou nada escolhendo, à revelia do PT, a ministra Dilma Rousseff, chefe do Gabinete Civil e com escassa experiência política. E a ministra caminha em sinuosa linha de contradições que, se adivinhadas por Lula, não correria o risco que ainda causa a apreensão do câncer linfático. Submetida com rigor espartano à quimioterapia, com a série de sessões que a obrigavam a viagens quinzenais a São Paulo, dona Dilma pode comemorar a cura com 90% de êxito absoluto e os 10% da cautela dos especialistas.
Mas a candidata e o seu patrono têm cometido erros primários e evitáveis, com a mistificação das viagens pelo país a pretexto de acompanhar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o apêndice do Minha Casa Minha Vida, com a promessa da construção de 1 milhão de moradias populares sem data para a inauguração da milionésima residência. Mas são duas poderosas alavancas de voto, ajudadas pelo Bolsa Escola, o Bolsa Família, o Bolsa Educação e outros programas que atendem às urgentes necessidades fundamentais da imensa mancha da extrema pobreza em todo o país, das favelas nas grandes cidades aos barracos pendurados nos morros do interior.
Não teremos que esperar muito. A campanha para valer não demora a separar o joio dos aventureiros do trigo que o diabo não amassou.
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