DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Antes mercado previa alta de 0,21%, agora vê retração de 0,26% em 2009
Fernando Nakagawa, BRASÍLIA
O desempenho pior que o esperado da economia brasileira no terceiro trimestre enterrou as previsões de que o Brasil poderia terminar o ano de 2009 com crescimento. Pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central mostra que os analistas do mercado financeiro, que previam expansão de 0,21% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2009, passaram a estimar retração de 0,26% após os números divulgados na semana passada.
"Era inevitável mudar os números. O PIB do terceiro trimestre veio aquém do esperado e o mercado precisou revisar o cenário para pior", diz o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto. Para ele, a economia brasileira deve fechar 2009 com um tamanho 0,1% menor que o de 2008. Até a semana passada, ele previa crescimento de 0,2%.
Assim como Campos Neto, todo o mercado precisou refazer as contas e a previsão para o PIB voltou ao vermelho depois de quase três meses em que prevaleceram as estimativas de que a economia cresceria em 2009. A pesquisa divulgada pelo BC é feita semanalmente junto a profissionais de instituições financeiras e empresas de consultoria.
A análise da evolução do levantamento sobre a expansão deste ano mostra como a pesquisa se comporta por causa das ondas de otimismo e pessimismo. Logo depois da quebra do Lehman Brothers, em 15 de setembro do ano passado, a expectativa era de crescimento de 3,60% .
A partir daí a taxa caiu semana após semana até chegar a 0% em março. O movimento continuou negativo até chegar à retração de 0,78% no final de maio. Depois disso, o movimento se inverteu e voltou a ficar positivo no final de outubro; agora se inverteu novamente.
O mau humor com o PIB de 2009 não contagiou, entretanto, a perspectiva para 2010, que está cada vez mais otimista. A pesquisa divulgada ontem mostra que a estimativa de expansão da atividade no próximo ano aumentou de 5% para 5,03%. A forte reação deve ser liderada pela indústria, segmento que, na avaliação do mercado financeiro, deve ter crescimento de 7% em 2010.
SELIC
Diante do forte crescimento esperado, analistas mantiveram a aposta de que o juro básico da economia deve subir quase dois pontos porcentuais no decorrer do próximo ano e, assim, deve fechar dezembro de 2010 em 10,63%. A previsão, idêntica à observada na semana anterior, não foi alterada após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada, que manteve inalterado o patamar atual da Selic, de 8,75% ao ano.
De acordo com as expectativa dos analistas, o aperto monetário deve começar em junho, com uma alta de 0,50 ponto porcentual. Em seguida, novos aumentos podem ocorrer em julho, outubro e dezembro do ano que vem. Há, ainda, a previsão de outras altas em janeiro e fevereiro de 2011.
Para a inflação, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010 subiu pela quarta semana seguida e passou de 4,48% para 4,50%, passando a ficar exatamente no centro da meta. Há quatro semanas, a projeção estava em 4,41%. A previsão do mercado para o nível do dólar em relação ao real no fim de 2010 permaneceu em R$ 1,75 pela oitava semana seguida. Para o fim deste ano, a estimativa foi de R$ 1,70 para R$ 1,73.
NÚMEROS
3,60% era a previsão para o crescimento de 2009 da pesquisa Focus divulgada em setembro de 2008
-0,73% Era a previsão para o crescimento divulgada em maio
0,00% Era a previsão para o crescimento divulgada em setembro
-0,26% É a previsão para o crescimento de 2009 divulgada ontem
Antes mercado previa alta de 0,21%, agora vê retração de 0,26% em 2009
Fernando Nakagawa, BRASÍLIA
O desempenho pior que o esperado da economia brasileira no terceiro trimestre enterrou as previsões de que o Brasil poderia terminar o ano de 2009 com crescimento. Pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central mostra que os analistas do mercado financeiro, que previam expansão de 0,21% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2009, passaram a estimar retração de 0,26% após os números divulgados na semana passada.
"Era inevitável mudar os números. O PIB do terceiro trimestre veio aquém do esperado e o mercado precisou revisar o cenário para pior", diz o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto. Para ele, a economia brasileira deve fechar 2009 com um tamanho 0,1% menor que o de 2008. Até a semana passada, ele previa crescimento de 0,2%.
Assim como Campos Neto, todo o mercado precisou refazer as contas e a previsão para o PIB voltou ao vermelho depois de quase três meses em que prevaleceram as estimativas de que a economia cresceria em 2009. A pesquisa divulgada pelo BC é feita semanalmente junto a profissionais de instituições financeiras e empresas de consultoria.
A análise da evolução do levantamento sobre a expansão deste ano mostra como a pesquisa se comporta por causa das ondas de otimismo e pessimismo. Logo depois da quebra do Lehman Brothers, em 15 de setembro do ano passado, a expectativa era de crescimento de 3,60% .
A partir daí a taxa caiu semana após semana até chegar a 0% em março. O movimento continuou negativo até chegar à retração de 0,78% no final de maio. Depois disso, o movimento se inverteu e voltou a ficar positivo no final de outubro; agora se inverteu novamente.
O mau humor com o PIB de 2009 não contagiou, entretanto, a perspectiva para 2010, que está cada vez mais otimista. A pesquisa divulgada ontem mostra que a estimativa de expansão da atividade no próximo ano aumentou de 5% para 5,03%. A forte reação deve ser liderada pela indústria, segmento que, na avaliação do mercado financeiro, deve ter crescimento de 7% em 2010.
SELIC
Diante do forte crescimento esperado, analistas mantiveram a aposta de que o juro básico da economia deve subir quase dois pontos porcentuais no decorrer do próximo ano e, assim, deve fechar dezembro de 2010 em 10,63%. A previsão, idêntica à observada na semana anterior, não foi alterada após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada, que manteve inalterado o patamar atual da Selic, de 8,75% ao ano.
De acordo com as expectativa dos analistas, o aperto monetário deve começar em junho, com uma alta de 0,50 ponto porcentual. Em seguida, novos aumentos podem ocorrer em julho, outubro e dezembro do ano que vem. Há, ainda, a previsão de outras altas em janeiro e fevereiro de 2011.
Para a inflação, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010 subiu pela quarta semana seguida e passou de 4,48% para 4,50%, passando a ficar exatamente no centro da meta. Há quatro semanas, a projeção estava em 4,41%. A previsão do mercado para o nível do dólar em relação ao real no fim de 2010 permaneceu em R$ 1,75 pela oitava semana seguida. Para o fim deste ano, a estimativa foi de R$ 1,70 para R$ 1,73.
NÚMEROS
3,60% era a previsão para o crescimento de 2009 da pesquisa Focus divulgada em setembro de 2008
-0,73% Era a previsão para o crescimento divulgada em maio
0,00% Era a previsão para o crescimento divulgada em setembro
-0,26% É a previsão para o crescimento de 2009 divulgada ontem
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