DEU EM O GLOBO
Presidente do PSDB reage às declarações de ministra sobre fim do PAC
Maria Lima
BRASÍLIA. Se a intenção era polemizar com o PSDB, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) conseguiu. Seu discurso de terça-feira em Minas, dizendo que, se o PSDB chegar ao governo acabará com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), continuou rendendo ontem uma batalha de notas entre as direções do PT e do PSDB. Fora do ar no dia do ataque, ontem o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), voltou à cena, saiu da defensiva e partiu para um duro ataque à pré-candidata do PT, a quem chamou de mentirosa.
Guerra a acusou de ter fraudado o currículo, de ser dissimulada e de ter se escondido durante o apagão.
“Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários.
Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão”, diz a nota de Guerra, divulgada no fim da tarde.
Mais cedo, o PSDB tinha divulgado outra nota dele, repetindo críticas ao PAC, mas sem ataques à ministra.
Na guerra do PAC, o presidente petista Ricardo Berzoini também divul gou nota: “Torcemos para que o PSDB se encontre e produza um programa de governo, para que possamos ter um debate de alto nível neste ano eleitoral. Esperamos que a oposição não se esconda, nem se acovarde de defender a herança de FHC, da privatização, desemprego e paralisia”.
O presidente tucano acusou Dilma de apropriar-se do que não é seu e vangloriar-se do que não faz, lembrando o escândalo dos cartões corporativos, quando a ministra teria assegurado à ex-primeira dama Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela: “Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso. Durante anos, mentiu sobre seu currículo.
Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp.
Nunca foi nem uma coisa nem outra. Além de mentir, Dilma Rousseff omite.
Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas — a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC ( 7.715 projetos) ainda não saíram do papel”, diz a nota.
O deputado fluminense Otávio Leite (PSDB-RJ) sacou números oficiais para mostrar a baixa execução do PAC em 2009, quando, segundo ele, de R$ 26,4 bilhões aprovados no orçamento para o programa, apenas 33,3%, ou R$ 8,8 bilhões, foram executados.
O presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, contra-atacou: — O Sergio Guerra falou com todas a letras que ia acabar com o PAC. Eles falam as coisas, descobrem que falaram bobagem e ficam dizendo que não é bem assim.
Passaram seis anos dizendo que o Bolsa Família era Bolsa Esmola, depois votaram atrás e prometeram aperfeiçoá-lo.
A ministra Dilma Rousseff foi procurada, mas sua assessoria não retornou as ligações.
Aécio: “Discurso com componente eleitoral” O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), também reagiu às declarações de Dilma, dizendo que o seu partido não acabará com as obras: — É um discurso com componente eleitoral, mas não corresponde à verdade. Os projetos corretos, bem planejados, serão mantidos e talvez até com um nível de eficiência maior — disse Aécio, que também agradeceu os elogios ao governo de Minas feitos anteontem por Dilma
Dicionário Aulete: Dissimular
Presidente do PSDB reage às declarações de ministra sobre fim do PAC
Maria Lima
BRASÍLIA. Se a intenção era polemizar com o PSDB, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) conseguiu. Seu discurso de terça-feira em Minas, dizendo que, se o PSDB chegar ao governo acabará com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), continuou rendendo ontem uma batalha de notas entre as direções do PT e do PSDB. Fora do ar no dia do ataque, ontem o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), voltou à cena, saiu da defensiva e partiu para um duro ataque à pré-candidata do PT, a quem chamou de mentirosa.
Guerra a acusou de ter fraudado o currículo, de ser dissimulada e de ter se escondido durante o apagão.
“Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários.
Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão”, diz a nota de Guerra, divulgada no fim da tarde.
Mais cedo, o PSDB tinha divulgado outra nota dele, repetindo críticas ao PAC, mas sem ataques à ministra.
Na guerra do PAC, o presidente petista Ricardo Berzoini também divul gou nota: “Torcemos para que o PSDB se encontre e produza um programa de governo, para que possamos ter um debate de alto nível neste ano eleitoral. Esperamos que a oposição não se esconda, nem se acovarde de defender a herança de FHC, da privatização, desemprego e paralisia”.
O presidente tucano acusou Dilma de apropriar-se do que não é seu e vangloriar-se do que não faz, lembrando o escândalo dos cartões corporativos, quando a ministra teria assegurado à ex-primeira dama Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela: “Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso. Durante anos, mentiu sobre seu currículo.
Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp.
Nunca foi nem uma coisa nem outra. Além de mentir, Dilma Rousseff omite.
Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas — a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC ( 7.715 projetos) ainda não saíram do papel”, diz a nota.
O deputado fluminense Otávio Leite (PSDB-RJ) sacou números oficiais para mostrar a baixa execução do PAC em 2009, quando, segundo ele, de R$ 26,4 bilhões aprovados no orçamento para o programa, apenas 33,3%, ou R$ 8,8 bilhões, foram executados.
O presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, contra-atacou: — O Sergio Guerra falou com todas a letras que ia acabar com o PAC. Eles falam as coisas, descobrem que falaram bobagem e ficam dizendo que não é bem assim.
Passaram seis anos dizendo que o Bolsa Família era Bolsa Esmola, depois votaram atrás e prometeram aperfeiçoá-lo.
A ministra Dilma Rousseff foi procurada, mas sua assessoria não retornou as ligações.
Aécio: “Discurso com componente eleitoral” O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), também reagiu às declarações de Dilma, dizendo que o seu partido não acabará com as obras: — É um discurso com componente eleitoral, mas não corresponde à verdade. Os projetos corretos, bem planejados, serão mantidos e talvez até com um nível de eficiência maior — disse Aécio, que também agradeceu os elogios ao governo de Minas feitos anteontem por Dilma
Dicionário Aulete: Dissimular
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1 Encobrir ou disfarçar propositadamente situação ou condição, erro, falha, defeito etc. [td.: Nem tentou dissimular seu erro.: Dissimulava a idade, mas não enganava a si mesmo.]
2 Não deixar perceber, ocultar (algo) [td.: Usava máscara para dissimular sua identidade.] [int. : "...Se olhara para ele, era prova exatamente de não haver nada entre ambos; se houvesse, era natural dissimular..." (Machado de Assis, Dom Casmurro)]
3 Esconder, ocultar (inclusive si mesmo) [td.: O perseguidor dissimulou sua presença habilidosamente.: Dissimulou -se entre os arbustos para não ser visto.]
4 Fingir não perceber ou não ouvir [int.: Resolveu dissimular para não ter de responder.]
5 Atenuar o efeito de, tornar pouco sensível ou notável [td.: Dissimulou o constrangimento causado pelo amigo contando algumas anedotas.]
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