DEU NA FOLHA DE S. PAULO
No lançamento da pré-candidatura, tucano vai destacar 10 tópicos do programa de governo, entre eles saúde e educação
No lançamento da pré-candidatura, tucano vai destacar 10 tópicos do programa de governo, entre eles saúde e educação
Fala, apesar de não citar a petista, vai tentar explorar pontos desconfortáveis a ela, como economia verde como opção a desenvolvimento
Catia Seabra
Silvio Navarro
Enviados especiais a Brasília
Andreza Matais
Da sucursal de Brasília
Disposto a insistir no lema o "Brasil pode mais", o tucano José Serra exaltará hoje, no discurso de lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República, temas desconfortáveis para a sua adversária petista, Dilma Rousseff.
Segundo aliados, Serra não citará o nome da ex-ministra e recomendou até que ela fosse poupada de ataques na cerimônia, a ser realizada em Brasília.
No discurso, o tucano apresentará cerca de dez tópicos para o programa de governo, entre eles saúde e educação. A interlocutores Serra afirmou que sua fala "não será defensiva nem agressiva". A exemplo de sua despedida do governo de São Paulo, persistirá na defesa de valores e princípios.
Mas, apesar da promessa de delicadeza das palavras -num discurso "que jogue para frente" e com direito a nova citação de Guimarães Rosa-, Serra tentará imprimir na agenda política pontos que, para tucanos, seriam de maior vulnerabilidade no campo adversário. Além da defesa de respeito a instituições, ele deve pregar, por exemplo, a economia verde como caminho para o crescimento.
À frente da Casa Civil, Dilma teve embates com a ex-ministra do Meio Ambiente e pré-candidata do PV, Marina Silva. "Serra apostou, no governo, na economia verde", afirmou o futuro coordenador de programa de Serra, Xico Graziano.
Diante de 3.000 convidados, o tucano deverá investir dados da sua biografia -entre eles, a criação do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), a aposta na qualidade de ensino e o programa de combate à Aids -como garantia de que o Brasil pode crescer mais.
Num contraponto a Dilma, deve defender investimentos em infraestrutura e a competitividade do produto brasileiro -leia-se câmbio- como condições para o crescimento.
Serra deverá ressaltar ainda o papel do presidente Tancredo Neves para a redemocratização. Segundo tucanos, a ideia é mostrar que o PT encontrou a democracia consolidada e a inflação sob controle em 2003. E que, asseguradas essas condições, o potencial de crescimento do Brasil, em relação a vizinhos, poderia ser maior. Além disso, a menção de Tancredo toca na controvérsia da semana: a visita de Dilma a seu túmulo, embora o PT não tenha apoiado sua eleição.
O ex-presidente Fernando Henrique foi escalado para abrir o evento, e a fala do ex-governador Aécio Neves (MG) antecederá a de Serra -após o discurso, será exibido em telões o Twitter de Serra.
O prédio alugado para a festa foi todo enfeitado com painéis que têm fotos de Serra e Aécio. Um desavisado poderia pensar que o candidato é o mineiro.
Acompanhe a partir das 9h a cobertura em tempo real do evento tucano
Disposto a insistir no lema o "Brasil pode mais", o tucano José Serra exaltará hoje, no discurso de lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República, temas desconfortáveis para a sua adversária petista, Dilma Rousseff.
Segundo aliados, Serra não citará o nome da ex-ministra e recomendou até que ela fosse poupada de ataques na cerimônia, a ser realizada em Brasília.
No discurso, o tucano apresentará cerca de dez tópicos para o programa de governo, entre eles saúde e educação. A interlocutores Serra afirmou que sua fala "não será defensiva nem agressiva". A exemplo de sua despedida do governo de São Paulo, persistirá na defesa de valores e princípios.
Mas, apesar da promessa de delicadeza das palavras -num discurso "que jogue para frente" e com direito a nova citação de Guimarães Rosa-, Serra tentará imprimir na agenda política pontos que, para tucanos, seriam de maior vulnerabilidade no campo adversário. Além da defesa de respeito a instituições, ele deve pregar, por exemplo, a economia verde como caminho para o crescimento.
À frente da Casa Civil, Dilma teve embates com a ex-ministra do Meio Ambiente e pré-candidata do PV, Marina Silva. "Serra apostou, no governo, na economia verde", afirmou o futuro coordenador de programa de Serra, Xico Graziano.
Diante de 3.000 convidados, o tucano deverá investir dados da sua biografia -entre eles, a criação do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), a aposta na qualidade de ensino e o programa de combate à Aids -como garantia de que o Brasil pode crescer mais.
Num contraponto a Dilma, deve defender investimentos em infraestrutura e a competitividade do produto brasileiro -leia-se câmbio- como condições para o crescimento.
Serra deverá ressaltar ainda o papel do presidente Tancredo Neves para a redemocratização. Segundo tucanos, a ideia é mostrar que o PT encontrou a democracia consolidada e a inflação sob controle em 2003. E que, asseguradas essas condições, o potencial de crescimento do Brasil, em relação a vizinhos, poderia ser maior. Além disso, a menção de Tancredo toca na controvérsia da semana: a visita de Dilma a seu túmulo, embora o PT não tenha apoiado sua eleição.
O ex-presidente Fernando Henrique foi escalado para abrir o evento, e a fala do ex-governador Aécio Neves (MG) antecederá a de Serra -após o discurso, será exibido em telões o Twitter de Serra.
O prédio alugado para a festa foi todo enfeitado com painéis que têm fotos de Serra e Aécio. Um desavisado poderia pensar que o candidato é o mineiro.
Acompanhe a partir das 9h a cobertura em tempo real do evento tucano
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