DEU EM O GLOBO
Ministério Público diz que apuração corre em segredo de Justiça e que investigação sobre quebra de sigilo não terminou
Fábio Fabrini e Sérgio Roxo
BRASÍLIA e SÃO PAULO. Depois de conceder uma entrevista sobre a investigação da quebra de sigilo de tucanos e anunciar o fim das investigações para breve, a Polícia Federal foi desautorizada ontem pelo Ministério Público Federal (MPF). Em nota, os procuradores da República José Robalinho Cavalcanti e Vinícius Alves Fermino disseram que a apuração corre em segredo de Justiça - exigindo, portanto, discrição - e que não cabe aos policiais determinar a conclusão dos trabalhos.
No comunicado, de poucas linhas, o MPF informa que "não ratifica" qualquer declaração sobre o possível encerramento do caso: "Somente o MPF, como titular privativo da ação penal pública, e não a Polícia Federal, pode dar as investigações por encerradas, já que, mesmo quando relatados os autos do inquérito policial, ainda pode o procurador da República requisitar ulteriores diligências".
Os procuradores lembram que a PF não deve se pronunciar sobre o assunto, como fazem os delegados. Anteontem, o diretor-geral da corporação, Luiz Fernando Corrêa, e o delegado Alessandro Moretti convocaram uma entrevista. "O inquérito permanece sob segredo de Justiça, o que obriga ao sigilo todos os agentes do Estado, especialmente aqueles da persecução criminal", recomenda o texto.
Vinícius e José Robalinho salientaram que as investigações ainda não foram concluídas e não o serão até que todos fatos e responsabilidades sejam "integralmente esclarecidos". Por isso, diz a nota, "o MPF e a própria Polícia Federal não podem descartar, não descartam e não descartarão qualquer hipótese de investigação", sustentaram.
Advogado de Verônica pede que investigação continue
Sérgio Rosenthal, advogado de Verônica Serra, filha do presidenciável José Serra (PSDB), protocolou ontem na PF, em São Paulo, uma petição com pedido de prosseguimento das investigações sobre a quebra dos sigilos fiscais de tucanos. O objetivo é identificar a motivação do jornalista Amaury Ribeiro Jr em obter os dados, já que no período em que conseguiu as informações ele estava se desligando do jornal "Estado de Minas".
- Parece que já chegamos a um momento importante da investigação. Foi um trabalho minucioso, investigativo, muito profissional e que foi realizado até esse momento. Entendo que isso deve ter continuidade - afirmou o advogado, ao deixar a sede da PF, em São Paulo.
Ministério Público diz que apuração corre em segredo de Justiça e que investigação sobre quebra de sigilo não terminou
Fábio Fabrini e Sérgio Roxo
BRASÍLIA e SÃO PAULO. Depois de conceder uma entrevista sobre a investigação da quebra de sigilo de tucanos e anunciar o fim das investigações para breve, a Polícia Federal foi desautorizada ontem pelo Ministério Público Federal (MPF). Em nota, os procuradores da República José Robalinho Cavalcanti e Vinícius Alves Fermino disseram que a apuração corre em segredo de Justiça - exigindo, portanto, discrição - e que não cabe aos policiais determinar a conclusão dos trabalhos.
No comunicado, de poucas linhas, o MPF informa que "não ratifica" qualquer declaração sobre o possível encerramento do caso: "Somente o MPF, como titular privativo da ação penal pública, e não a Polícia Federal, pode dar as investigações por encerradas, já que, mesmo quando relatados os autos do inquérito policial, ainda pode o procurador da República requisitar ulteriores diligências".
Os procuradores lembram que a PF não deve se pronunciar sobre o assunto, como fazem os delegados. Anteontem, o diretor-geral da corporação, Luiz Fernando Corrêa, e o delegado Alessandro Moretti convocaram uma entrevista. "O inquérito permanece sob segredo de Justiça, o que obriga ao sigilo todos os agentes do Estado, especialmente aqueles da persecução criminal", recomenda o texto.
Vinícius e José Robalinho salientaram que as investigações ainda não foram concluídas e não o serão até que todos fatos e responsabilidades sejam "integralmente esclarecidos". Por isso, diz a nota, "o MPF e a própria Polícia Federal não podem descartar, não descartam e não descartarão qualquer hipótese de investigação", sustentaram.
Advogado de Verônica pede que investigação continue
Sérgio Rosenthal, advogado de Verônica Serra, filha do presidenciável José Serra (PSDB), protocolou ontem na PF, em São Paulo, uma petição com pedido de prosseguimento das investigações sobre a quebra dos sigilos fiscais de tucanos. O objetivo é identificar a motivação do jornalista Amaury Ribeiro Jr em obter os dados, já que no período em que conseguiu as informações ele estava se desligando do jornal "Estado de Minas".
- Parece que já chegamos a um momento importante da investigação. Foi um trabalho minucioso, investigativo, muito profissional e que foi realizado até esse momento. Entendo que isso deve ter continuidade - afirmou o advogado, ao deixar a sede da PF, em São Paulo.
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