Falando sobre sua reaproximação de Eduardo, senador diz que pretende pacificar o ambiente político no Estado e nega que exista conversa sobre 2012 e 2014
Débora Duque
Embora tenha procurado se manter longe das discussões políticas locais, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) quebrou, ontem, o silêncio. Em entrevista à Rádio Folha, o peemedebista tratou não só das eleições municipais como de seu rompimento com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra. Falou, ainda, de sua recente aproximação com o governador Eduardo Campos (PSB). Ele fez questão de frisar que o distensionamento da relação entre os dois nada tem a ver com projetos eleitorais, repetindo o discurso de que os gestos têm como objetivo pacificar o ambiente político do Estado para as “novas gerações”.
“O que fiz, com absoluta consciência e sem estar fazendo espalhafato disso, foi tentar distensionar os fatos no sentido de manter uma relação de cordialidade com que aquele que me derrotou há quase dois anos. Há toda uma geração aí atrás de mim e é preciso respirar dentro do Estado, o que estava quase impraticável. Mas não temos nenhum acordo para a eleição que vai se dar agora e, sobre 2014, também não existe nenhum entendimento. Se houvesse, já teria dito”, afirmou, sem citar o nome do atual governador.
Como, até então, não costumava fazer, Jarbas também respondeu às provocações daquele que se tornou seu maior desafeto político no Estado: Sérgio Guerra. Os dois romperam na campanha de 2010, quando o senador acusou o tucano de não ter se empenhado na sua eleição para governador. Há dois dias, Guerra concedeu entrevista à mesma emissora e, ao comentar sobre as chances de uma reconciliação, disse que sua relação com Jarbas não tem mais “nem ida nem volta”. A resposta do peemedebista, ontem, foi igualmente irônica: “A melhor coisa que poderia me acontecer numa sexta-feira foi ele dar essa declaração, dizendo que ele reconhece o óbvio. Coisa que ele deveria ter reconhecido há muito tempo. Para mim, foi uma beleza”, alfinetou, enterrando a possibilidade de uma reaproximação.
Em relação à situação das oposições no pleito municipal, o senador reiterou seu apoio ao correligionário Raul Henry (PMDB), mas enfatizou que, caso ele não vá para o segundo turno, apoiará qualquer um dos candidatos do grupo, inclusive, o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB). “Raul teve algumas dúvidas, estava querendo remover alguns obstáculos, mas conseguiu alcançar seus objetivos. Ele é candidato e vou apoiá-lo”, disse. O senador ainda fez críticas ao PT. “O PT está completamente enrolado. Uma coisa nessa eleição que tem que ser explicada a fundo é essa briga dos dois Joões. Por que brigaram no começo do governo? Isso tem que ser explicado ao povo”, disparou.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
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