2014. PSB reafirma como prioridade a candidatura presidencial do governador. Mas o debate sobre a entrega dos cargos, defendido pelo diretório paulista, não é colocado
Carolina Albuquerque
A candidatura presidencial do governador Eduardo Campos (PSB) encabeça a lista de três metas prioritárias do partido para a eleição de 2014. Porém, ao contrário do que defende o diretório estadual de São Paulo, o partido coloca que ainda não chegou a hora de discutir a entrega dos cargos que o PSB ocupa no governo federal do PT. Os outras dois objetivos principais, de acordo com o secretário-geral socialista, Carlos Siqueira, são: aumentar a bancada federal de 39 para 50 deputados e manter, pelo menos, os seis governadores atuais.
As metas foram detalhadas ontem em encontro do governador com as lideranças partidárias dos seis maiores Estados, em um hotel em Boa Viagem. Mas o assunto principal foi a busca pelos possíveis palanques estaduais que fortaleçam a candidatura presidencial de Eduardo. Com o prazo final para filiação se aproximando (8 de outubro), as conversas políticas se intensificam.
Menos disposto a comentar a conjuntura política para a eleição de 2014, Eduardo Campos se limitou a dizer que o partido ainda não discute qual a melhor hora para entrega dos cargos ocupados pelo PSB no governo federal petista (ministérios da Integração Nacional e dos Portos, por exemplo). "À medida que as coisas vão tendendo a voltar a um certo leito de normalidade, é natural que esses companheiros voltem a colocar essa tese. Mas eu sinceramente não conversei com eles. Tem companheiro que está aqui, por exemplo, e fiz esse debate em seus Estados, é natural que esse assunto vá voltando à pauta, mas hoje (ontem) não é dia de tratar disso", disse o governador. Siqueira, porém, foi mais incisivo. "Minha opinião pessoal é que o quanto antes (a entrega), melhor."
Ficou a cargo das outras lideranças construir o clima de harmonia, em torno do apoio à corrida própria ao Planalto. O deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) chegou a dizer que "se for preciso" será o candidato ao governo do Rio Grande do Sul, onde o PSB tem a vice-governadoria com Beto Grill. "Não interessa ter palanques fracos nos Estados para dizer que são nossos. O que interessa é a candidatura do Eduardo. A candidatura dele não será demarcação de espaço nem para fazer o partido crescer, já crescemos, já temos nosso espaço", disparou. Uma das lideranças mais incisivas na hora de tecer críticas ao governo Dilma, Beto aproveitou para atacar a gestão, dizendo que "é um ciclo que está se acabando, não adianta andar contra a maré".
Embora o diretório de São Paulo seja o único até o momento a ter apresentado uma consulta favorável à candidatura de Eduardo, vários outros presidentes estaduais ontem procuraram demonstrar a mesma sintonia. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) foi logo dizendo que, no caso do Distrito Federal, esse apoio está claro. O mesmo fez o deputado federal Julio Delgado, que recém assumiu o diretório de Minas Gerais. "Vamos fazer essa consulta, mas o sentimento na nossa região (18 prefeituras) é pela candidatura de Eduardo."
Fonte: Jornal do Commercio (PE
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