Há, hoje, um consenso de que o processo sucessório teve uma precipitada e irracional antecipação, muito em função da ação unilateral de Lula e Dilma que, acossados pelo crescimento do “volta, Lula” e do esvaziamento da autoridade da presidente, colocaram o bloco na rua, contradizendo o ABC de qualquer manual político. Entre tantos supostos recados difusos das ruas nas “jornadas de junho”, a população manifestou certo desconforto com a antecipação do calendário eleitoral, como se quisesse dizer a todos algo do tipo: “Pensem um pouco mais em melhorar a vida da gente, e menos na eleição tão distante”.
Viramos 2014. Daqui a pouco mais de nove meses, escolheremos o novo presidente da República e o novo governador de Minas. É hora de começar a organizar as forças para a disputa democrática que se avizinha.
No plano nacional, as coisas não vão bem. O horizonte é nebuloso. Inflação alta, crescimento econômico pífio, desindustrialização clara, déficit em transações correntes, falta de credibilidade do governo, infraestrutura em frangalhos, baixas competitividade e produtividade, ineficiência governamental, inchamento e aparelhamento da máquina pública sem igual. Não é à toa que as últimas pesquisas de opinião revelam que 64% querem mudanças. O Brasil precisa e quer mudanças.
Minas terá um papel diferenciado na sucessão presidencial. Nos últimos 64 anos, apenas duas gerações tiveram o privilégio de, a partir de Minas, discutir e apresentar uma proposta alternativa para o futuro do país. Só as gerações de JK e Tancredo Neves tiveram essa oportunidade. Minas sempre teve, como Estado síntese, um papel central na história brasileira. O sentimento de soberania nacional nasceu aqui, com os inconfidentes. A modernização e industrialização do país surgiram com JK. A redemocratização teve, com Tancredo Neves, seu berço em Minas. Foi sob a liderança de Itamar Franco que construímos a estabilização da economia. Agora, Aécio Neves representa a perspectiva das mudanças que o Brasil precisa neste início de século XXI.
Em Minas, nos últimos 11 anos, sob a liderança de Aécio e Anastasia, assistimos ao maior conjunto de transformações em todas as áreas das últimas décadas. Minas está no rumo certo. E vamos reivindicar, junto à população, a renovação de um mandato de confiança para aprofundar as mudanças estruturais verificadas nos últimos anos. Nosso lema: unir para vencer, vencer para continuar avançando e inovando.
Em fevereiro, lançaremos nosso candidato ao governo de Minas. No início de abril, o governador Anastasia se desincompatibilizará para atuar como protagonista diante de novos desafios em Minas e no Brasil. E, até junho, amadureceremos um novo e inovador projeto para os próximos quatro anos e consolidaremos a chapa que defenderemos em outubro de 2014.
Assim, reafirmaremos os valores e as ideias que nos unem e nos movem, renovando nosso compromisso com Minas e com o Brasil.
Marcus Pestana, deputado federal e presidente do PSDB de Minas Gerais
Fonte: O Tempo (MG)
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