BRASÍLIA - Se a eleição fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) venceria a disputa no primeiro turno. No entanto, paradoxalmente, ela é hoje a mais rejeitada entre os principais pré-candidatos à Presidência da República, e a avaliação sobre o desempenho de seu governo voltou a cair, depois de esboçar uma reação aos protestos de junho e julho do ano passado. Os dados são de pesquisa do Instituto MDA feita para a Confederação Nacional dos Tranportes (CNT). Para 36,4% dos entrevistados, a gestão Dilma é positiva, contra 39% que tinham essa mesma avaliação no levantamento anterior da MDA, de novembro de 2013. E 34,8% avaliam que ela faz um mau governo.
É o segundo pior índice atingido por Dilma. A pior avaliação se deu em julho do ano passado, quando as manifestações populares tomaram as ruas para protestar. Na ocasião, apenas 31,3% fizeram uma boa avaliação da gestão Dilma. O desempenho pessoal da presidente também caiu. Embora a maioria dos entrevistados (55%) ainda aprove o jeito como ela comanda o país, esse percentual é 3,8 pontos percentuais abaixo do último levantamento, 41% não gostam da maneira como Dilma administra. Em novembro, esse descontentamento foi manifestado por 38,9% dos entrevistados.
Na disputa presidencial, o levantamento aponta que Dilma tem hoje 43,7% das intenções de votos, contra 17% de Aécio Neves (PSDB) e 9,9% de Eduardo Campos (PSB). Num outro cenário, quando Eduardo Campos é substituído por Marina Silva (PSB), a presidente perde pontos, mas continua liderando, com 40,7%, seguida de Marina, com 20,6%, e Aécio, com 15,1%.
Quando o eleitor é perguntado sobre em qual candidato pretende votar para presidente, de forma espontânea, Dilma ainda é a mais lembrada, com 21,3%, seguida de Lula (5,6%), que tem o mesmo percentual de Aécio. Marina Silva aparece em quarto na lembrança do eleitorado, com 3,5%, Eduardo Campos tem 2,6%, José Serra (PSDB), 0,5% e Geraldo Alckmin (PSDB), 0,4%.
Dilma venceria todos seus opositores num eventual segundo turno. A mais competitiva seria Marina Silva. Num hipotético segundo turno com ela, Dilma teria 44,6% dos votos, e Marina, 26,6%. Contra Aécio, a petista manteria o mesmo percentual, e o tucano alcançaria 23,4%. Se o opositor fosse o governador de Pernambuco, a presidente seria votada por 48,6%, enquanto o socialista teria 18%.
Apesar de Dilma liderar em todos os cenários, o índice de rejeição dela é o mais alto. Quando questionado em quem não votaria de jeito nenhum, 37,3% disseram que não escolheriam a petista. Para 36%, Aécio Neves não seria o escolhido, Marina Silva seria descartada por 35,5%, e Eduardo Campos, por 33,9%.
A pesquisa com registro BR 00012/2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ouviu 2.002 eleitores entre os dias 9 e 14 de fevereiro, em 137 municípios de 24 estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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