• Picciani, que apoia Aécio Neves, diz que movimento irá surpreender aliados de Dilma Rousseff
Aurélio Gimenez – O DIA
RIO - Se a previsão do presidente do PMDB, Jorge Picciani, se confirmar, a presidenta Dilma Rousseff levará um susto e tanto depois de amanhã. Picciani aposta na adesão maciça de peemedebistas fluminenses no churrasco de lançamento do movimento conhecido como ‘Aezão’, neologismo que junta o senador Aécio Neves (candidato a presidente pelo PSDB) e o governador Luiz Fernando Pezão, candidato à reeleição pelo PMDB.
Na festa que dará largada ao ‘Aezão’, Picciani conta não apenas com os peemedebistas mas também com políticos de outros partidos, como o PP do senador Francisco Dornelles, o PSD do ex-deputado Indio da Costa e o novíssimo Solidariedade. “Vejo com empolgação e, com certeza, haverá uma grande adesão no estado em torno de Aécio”, diz Picciani. Ele afirma que faltou reciprocidade, por parte do PT fluminense, para manter a aliança com o PMDB em torno da candidatura de Dilma.
Na avaliação de Picciani, a dissidência em prol de Aécio no Rio não se trata de revanchismo ou oportunismo. Segundo ele, o PT priorizou um projeto estadual — o lançamento da candidatura do senador Lindbergh Farias —, em detrimento do projeto nacional. Em 2010, Picciani, Lindbergh e Marcelo Crivella disputaram as duas vagas ao Senado pelo Rio. Picciani ficou de fora.
Para o presidente do PMDB, não há divergência dentro do partido, mesmo com uma ala apoiando Dilma e outra se voltando para Aécio. Segundo ele, o partido é maduro suficiente para discutir os seus caminhos. “O arco de alianças em torno de Pezão é muito grande. Certamente teremos quatro vezes mais tempo de TV do que o adversário mais próximo”, observa.
Deputado federal do PSDB, Otávio Leite acrescenta que a adesão à candidatura de Aécio no Rio é espontânea e vem ganhando musculatura. “Teremos a presença de prefeitos e vice-prefeitos da Baixada e do interior, deputados estaduais e federais”, garante. Os organizadores da festa de lançamento do ‘Aezão’ esperam a participação de mais de 400 políticos fluminenses.
Segundo Leite, o apoio a Aécio será bastante representativo em todo o estado, o que poderá levar o tucano a chegar na frente de Dilma no Rio. Os candidatos petistas, com o apoio do PMDB, venceram os tucanos nas últimas eleições presidenciais. Foi assim em 2010, quando Dilma ganhou do tucano, nos dois turnos eleitorais. No segundo, a candidata do PT ficou com 60,99% dos votos, contra 39,01%, do PSDB. Uma diferença de mais de 1,7 milhão de votos.
PP apoia tucano e Pros fecha com PSB
Apesar de no âmbito nacional o Partido Progressista (PP) ter declarado apoio à reeleição de Dilma Rousseff, aqui no Rio a sigla, cujo o presidente é o senador Francisco Dornelles, vai de Aécio. Os dois senadores são primos. Dornelles também mantém o apoio a Luiz Fernando Pezão.
Já Pros e PSB decidiram aderir à candidatura ao governo do Rio do deputado federal Miro Teixeira. Os dois partidos vinham conversando para selar a coligação majoritária, mas Miro insistiu em fechar também acordo para a formação da chapa proporcional a fim de dar “envergadura” a sua candidatura. “Agora está tudo acertado, tanto na majoritária quanto na proporcional. Acredito que teremos pouco mais de três minutos na TV para apresentar nossas propostas”, disse o deputado federal do Pros.
Segundo Miro, o deputado federal Romário é o nome que ele defende para concorrer ao Senado pelo PSB. “Mas isso é uma questão interna do partido”, afirmou o deputado, acrescentando que mantém conversas com alguns partidos, como o PPS, para a aliança regional. Quanto ao nome do vice, Miro disse que ainda está sendo discutido de acordo com o perfil da coligação.
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