- Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - Agendado para a sexta-feira 13, dois dias antes dos atos contra Dilma, o protesto que está sendo chamado por entidades próximas do PT está longe de ser uma manifestação de defesa do governo petista.
Assinada por CUT, MST, UNE e outros, a convocatória do evento dá mais ênfase aos pontos contra o governo do que a favor.
É para "lutar contra medidas do ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora", diz já no início.
Especificamente contra as iniciativas que "restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensões por morte e auxílio doença", referindo-se às medidas provisórias que viraram projeto de lei.
"Não tem nada de contraponto [às manifestações do dia 15]. Nem pensamos nisso", diz Vagner Freitas, presidente da CUT, lembrando que articula o protesto desde janeiro.
Dilma leva puxões de orelha no manifesto: "Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a [...] rotatividade [do emprego], que taxe as empresas onde os índices de demissão são mais altos."
Por discordar da crítica, Lula avisou que não vai.
A segunda parte do manifesto fala em defender a Petrobras, discurso que coincide com o do governo.
E só no fim há o ensaio de uma defesa de Dilma, embora ela não seja citada: "Democracia pressupõe [...] respeito às decisões do povo, em especial as dos resultados eleitorais", diz.
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