- Folha de S. Paulo
Em um contraponto ao comando nacional petista, intelectuais e artistas de esquerda saíram em defesa nesta terça-feira (4) do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e criticaram sua prisão no rastro da Operação Lava Jato.
Para o cineasta Luiz Carlos Barreto, a detenção do petista foi "redundante", uma vez que ele já cumpria prisão domiciliar pelo mensalão. Para ele, sem poder fazer grandes deslocamentos, Dirceu não tinha como fugir do país ou pressionar ninguém.
"Estamos em um caminho perigoso", disse. "Há exagero e é preciso que as pessoas saibam que existe um Estado de Direito democrático", acrescentou.
O escritor Fernando Morais diz que o petista foi "vitimado" por uma tentativa de atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Não é nem o Dirceu nem a Dilma [Rousseff] que querem, mas o Lula. O problema é 2018", afirmou.
Para o ator José de Abreu, é uma "piada" prender alguém que já foi condenando alegando continuidade criminosa.
"O juiz Sérgio Moro é o único juiz do mundo que prende preventivamente preso condenado."
Segundo o escritor Luis Fernando Veríssimo, a prisão de Dirceu é política pelo que o petista representa.
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