Leandro Colon,
Enviado Especial, Goiânia
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Mas tucanos mostram preocupação com movimentação da petista e querem definir a candidatura até dezembro
Pressionado pelo DEM e por setores tucanos preocupados com a antecipação da corrida eleitoral, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), preferiu minimizar a capacidade eleitoral da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do Planalto à Presidência. "O Brasil não se transformou em capitania hereditária. O povo sabe escolher o seu destino", afirmou Serra, em encontro de seu partido em Goiânia.
Na presença da cúpula do PSDB, incluindo o governador mineiro Aécio Neves, Serra desdenhou do que seria a virtude eleitoral de Dilma - a de beneficiária direta da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu estoque de votos.
"O presidente Lula tem todo o direito de apoiar um candidato. Mas não vivemos num regime de capitania hereditária em que o presidente apoia e automaticamente o candidato está consagrado. O presidente não pode fazer uma nomeação", ressaltou.
Na semana passada, Dilma foi ciceroneada por Lula em palanques e comícios pelo Nordeste durante três dias de visita às obras de transposição do Rio São Francisco. A caravana, segundo a oposição, conteve todos os elementos de campanha antecipada.
Como resultado, os tucanos têm sido cobrado por aliados, como DEM e PPS, a definir logo o candidato à sucessão do presidente Lula. As legendas avaliam que Dilma vem ganhando terreno nas últimas semanas.
Ao lado de Aécio, com quem disputa a vaga de candidato presidencial do PSDB, Serra ouviu apelos de tucanos a favor de agilidade na escolha do nome da legenda que disputará a sucessão de Lula. "Nós esperamos uma decisão rápida, até janeiro", afirmou em discurso o senador Marconi Perillo (GO)
O coro foi puxado mais cedo pelo ex-governador Geraldo Alckmin e reforçado pelo presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Tucanos não esconderam a insatisfação - e também preocupação política - com os últimos movimentos de Lula a favor da candidatura de Dilma.
Guerra disse que espera um acordo - sem necessidade de prévias - até dezembro. "O Serra e o Aécio vão se entender ainda neste segundo semestre. Não haverá necessidade de prévias", afirmou. "Até dezembro, os dois vão definir com o PSDB e os aliados os rumos da campanha." Alckmin foi mais contundente: "O PSDB não deve entrar 2010 sem definição. O ideal é decidir até dezembro."
Aécio deu outra data: "Janeiro seria um bom momento para ter essa decisão tomada. Mais importante do que definir o nome, é o que a candidatura vai representar." Serra disse que o PSDB vai decidir até março quem será o tucano na briga presidencial de 2010. Ambos, porém, compartilharam uma mesma frase: "Não temos o direito de perder as eleições."
Enviado Especial, Goiânia
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Mas tucanos mostram preocupação com movimentação da petista e querem definir a candidatura até dezembro
Pressionado pelo DEM e por setores tucanos preocupados com a antecipação da corrida eleitoral, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), preferiu minimizar a capacidade eleitoral da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do Planalto à Presidência. "O Brasil não se transformou em capitania hereditária. O povo sabe escolher o seu destino", afirmou Serra, em encontro de seu partido em Goiânia.
Na presença da cúpula do PSDB, incluindo o governador mineiro Aécio Neves, Serra desdenhou do que seria a virtude eleitoral de Dilma - a de beneficiária direta da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu estoque de votos.
"O presidente Lula tem todo o direito de apoiar um candidato. Mas não vivemos num regime de capitania hereditária em que o presidente apoia e automaticamente o candidato está consagrado. O presidente não pode fazer uma nomeação", ressaltou.
Na semana passada, Dilma foi ciceroneada por Lula em palanques e comícios pelo Nordeste durante três dias de visita às obras de transposição do Rio São Francisco. A caravana, segundo a oposição, conteve todos os elementos de campanha antecipada.
Como resultado, os tucanos têm sido cobrado por aliados, como DEM e PPS, a definir logo o candidato à sucessão do presidente Lula. As legendas avaliam que Dilma vem ganhando terreno nas últimas semanas.
Ao lado de Aécio, com quem disputa a vaga de candidato presidencial do PSDB, Serra ouviu apelos de tucanos a favor de agilidade na escolha do nome da legenda que disputará a sucessão de Lula. "Nós esperamos uma decisão rápida, até janeiro", afirmou em discurso o senador Marconi Perillo (GO)
O coro foi puxado mais cedo pelo ex-governador Geraldo Alckmin e reforçado pelo presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Tucanos não esconderam a insatisfação - e também preocupação política - com os últimos movimentos de Lula a favor da candidatura de Dilma.
Guerra disse que espera um acordo - sem necessidade de prévias - até dezembro. "O Serra e o Aécio vão se entender ainda neste segundo semestre. Não haverá necessidade de prévias", afirmou. "Até dezembro, os dois vão definir com o PSDB e os aliados os rumos da campanha." Alckmin foi mais contundente: "O PSDB não deve entrar 2010 sem definição. O ideal é decidir até dezembro."
Aécio deu outra data: "Janeiro seria um bom momento para ter essa decisão tomada. Mais importante do que definir o nome, é o que a candidatura vai representar." Serra disse que o PSDB vai decidir até março quem será o tucano na briga presidencial de 2010. Ambos, porém, compartilharam uma mesma frase: "Não temos o direito de perder as eleições."
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