DEU NA FOLHA DE S. PAULO
O discurso de José Serra no sábado revelou sem eufemismos a estratégia do candidato do PSDB a presidente. Três pontos são os mais salientes:
1) biografias - Serra deseja ser comparado à sua adversária direta, Dilma Rousseff (PT).
Nesse embate, o tucano acredita levar vantagem. Na sua cabeça, a experiência como deputado, senador, ministro, prefeito e governador terá impacto forte sobre o eleitorado;
2) continuidade de Lula - nunca numa eleição brasileira pós-ditadura um presidente entrou no processo com avaliação positiva perto de 80%. O tucano conhece essa realidade. Decidiu enfrentá-la não se indispondo com o eleitorado de Lula. Elogia o que é bem avaliado e planta uma dúvida na cabeça dos eleitores: quem é o melhor para continuar e ampliar essa obra? A expectativa é fazer o eleitor médio concluir que Serra é o nome apropriado. Daí o tão martelado slogan serrista "o Brasil pode mais";
3) país unido - quando falou que "o Brasil não tem dono", no sábado, Serra fez um apelo à unidade nacional. É uma tese polêmica. Eleições em democracias representativas tendem a fracionar e não a unificar. Barack Obama, Lula, FHC e outros sempre só tiveram pouco mais de 50% dos votos quando eleitos.
A seis meses da eleição, é difícil fazer um juízo e afirmar se serão eficazes os três eixos principais da campanha serrista. Até porque a trajetória de Serra não estará sozinha no tempo e no espaço. Os outros candidatos reagirão. Sobretudo Dilma e o PT. É um truísmo, mas vale repetir: os políticos estão sob forte tensão. Podem acertar e errar.
O tamanho dos acertos e dos erros determinará a maior ou menor conexão com o eleitorado.
Num ambiente hostil para a oposição, Serra tem feito o possível como candidato anti-PT.
Apesar dos titubeios nos meses recentes, o tucano errou pouco até agora. Mas a disputa está apenas no começo.
O discurso de José Serra no sábado revelou sem eufemismos a estratégia do candidato do PSDB a presidente. Três pontos são os mais salientes:
1) biografias - Serra deseja ser comparado à sua adversária direta, Dilma Rousseff (PT).
Nesse embate, o tucano acredita levar vantagem. Na sua cabeça, a experiência como deputado, senador, ministro, prefeito e governador terá impacto forte sobre o eleitorado;
2) continuidade de Lula - nunca numa eleição brasileira pós-ditadura um presidente entrou no processo com avaliação positiva perto de 80%. O tucano conhece essa realidade. Decidiu enfrentá-la não se indispondo com o eleitorado de Lula. Elogia o que é bem avaliado e planta uma dúvida na cabeça dos eleitores: quem é o melhor para continuar e ampliar essa obra? A expectativa é fazer o eleitor médio concluir que Serra é o nome apropriado. Daí o tão martelado slogan serrista "o Brasil pode mais";
3) país unido - quando falou que "o Brasil não tem dono", no sábado, Serra fez um apelo à unidade nacional. É uma tese polêmica. Eleições em democracias representativas tendem a fracionar e não a unificar. Barack Obama, Lula, FHC e outros sempre só tiveram pouco mais de 50% dos votos quando eleitos.
A seis meses da eleição, é difícil fazer um juízo e afirmar se serão eficazes os três eixos principais da campanha serrista. Até porque a trajetória de Serra não estará sozinha no tempo e no espaço. Os outros candidatos reagirão. Sobretudo Dilma e o PT. É um truísmo, mas vale repetir: os políticos estão sob forte tensão. Podem acertar e errar.
O tamanho dos acertos e dos erros determinará a maior ou menor conexão com o eleitorado.
Num ambiente hostil para a oposição, Serra tem feito o possível como candidato anti-PT.
Apesar dos titubeios nos meses recentes, o tucano errou pouco até agora. Mas a disputa está apenas no começo.
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