DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
De acordo com o senador Álvaro Dias, falso crime comum teria servido para encobrir a destruição da ficha de filiação de Antonio Atella Ferreira
Roberto Almeida
O comando de campanha do presidenciável tucano José Serra acusou ontem o PT de "simular" um assalto a um comitê eleitoral do partido em Mauá, na Grande São Paulo, para "queima de arquivo".
O objetivo, segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), era destruir a ficha de filiação do contador Antonio Carlos Atella Ferreira, para omitir quem abonou sua entrada no PT - elo considerado essencial pelos tucanos para as investigações.
Atella Ferreira é acusado de falsificar uma procuração em nome de Verônica Serra, filha do candidato tucano, que deu origem à quebra de seu sigilo fiscal.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, o contador foi filiado ao PT de 2003 a 2009. O partido nega que a filiação tenha se consumado (ver matéria ao lado).
O assalto ao comitê eleitoral do PT ocorreu na manhã de quarta-feira e foi registrado no 1.º Distrito Policial de Mauá. Segundo a polícia, seis homens armados, usando coletes da Polícia Federal, invadiram o local e roubaram celulares e armas de seguranças.
Ontem, a delegacia operava em regime de plantão e ninguém foi encontrado para comentar o caso. Segundo uma funcionária, as investigações estão a cargo do delegado Marcos Pimenta.
Para Álvaro Dias, "foi um roubo simulado". "Desapareceram com as fichas de filiação para esconder quem as abonou", disse.
O PT paulista soltou nota em que diz "desconhecer" qualquer acontecimento no Diretório Municipal do PT de Mauá, onde estão dados dos filiados. O assalto, segundo o partido, ocorreu no comitê eleitoral do candidato a deputado Hélcio Silva. "Certamente, o engano se deve à ânsia dos acusadores de fazerem ataques ao PT e às nossas candidaturas. O ocorrido na sede do comitê de campanha de Hélcio Silva é objeto de inquérito policial. É de nosso interesse que se esclareça o mais rápido possível", diz o texto assinado por Edinho Silva, presidente da sigla no Estado. "É um absurdo. Isso não tem nada a ver com o diretório", reagiu o vereador João Antonio, secretário de organização do PT paulista. "Esse comitê foi alugado há dois meses."
Representações. A coligação de Serra - em coletiva com a presença do vice Índio da Costa (DEM) e Roberto Freire (PPS), além de Dias - também informou que pedirá à Procuradoria Eleitoral abertura de inquérito para investigar a relação do PT com a quebra de sigilos fiscais. A decisão foi tomada após a informação da filiação de Atella ao PT e a reportagem da revista Veja desta semana, segundo a qual o partido pagou despesas do jornalista Amaury Ribeiro Jr., acusado de participar da fabricação do suposto dossiê contra Serra. A coligação entregará ainda uma representação no Ministério Público Federal contra o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, e contra o corregedor da Receita, Antonio Carlos D"Avila, por improbidade administrativa.
De acordo com o senador Álvaro Dias, falso crime comum teria servido para encobrir a destruição da ficha de filiação de Antonio Atella Ferreira
Roberto Almeida
O comando de campanha do presidenciável tucano José Serra acusou ontem o PT de "simular" um assalto a um comitê eleitoral do partido em Mauá, na Grande São Paulo, para "queima de arquivo".
O objetivo, segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), era destruir a ficha de filiação do contador Antonio Carlos Atella Ferreira, para omitir quem abonou sua entrada no PT - elo considerado essencial pelos tucanos para as investigações.
Atella Ferreira é acusado de falsificar uma procuração em nome de Verônica Serra, filha do candidato tucano, que deu origem à quebra de seu sigilo fiscal.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, o contador foi filiado ao PT de 2003 a 2009. O partido nega que a filiação tenha se consumado (ver matéria ao lado).
O assalto ao comitê eleitoral do PT ocorreu na manhã de quarta-feira e foi registrado no 1.º Distrito Policial de Mauá. Segundo a polícia, seis homens armados, usando coletes da Polícia Federal, invadiram o local e roubaram celulares e armas de seguranças.
Ontem, a delegacia operava em regime de plantão e ninguém foi encontrado para comentar o caso. Segundo uma funcionária, as investigações estão a cargo do delegado Marcos Pimenta.
Para Álvaro Dias, "foi um roubo simulado". "Desapareceram com as fichas de filiação para esconder quem as abonou", disse.
O PT paulista soltou nota em que diz "desconhecer" qualquer acontecimento no Diretório Municipal do PT de Mauá, onde estão dados dos filiados. O assalto, segundo o partido, ocorreu no comitê eleitoral do candidato a deputado Hélcio Silva. "Certamente, o engano se deve à ânsia dos acusadores de fazerem ataques ao PT e às nossas candidaturas. O ocorrido na sede do comitê de campanha de Hélcio Silva é objeto de inquérito policial. É de nosso interesse que se esclareça o mais rápido possível", diz o texto assinado por Edinho Silva, presidente da sigla no Estado. "É um absurdo. Isso não tem nada a ver com o diretório", reagiu o vereador João Antonio, secretário de organização do PT paulista. "Esse comitê foi alugado há dois meses."
Representações. A coligação de Serra - em coletiva com a presença do vice Índio da Costa (DEM) e Roberto Freire (PPS), além de Dias - também informou que pedirá à Procuradoria Eleitoral abertura de inquérito para investigar a relação do PT com a quebra de sigilos fiscais. A decisão foi tomada após a informação da filiação de Atella ao PT e a reportagem da revista Veja desta semana, segundo a qual o partido pagou despesas do jornalista Amaury Ribeiro Jr., acusado de participar da fabricação do suposto dossiê contra Serra. A coligação entregará ainda uma representação no Ministério Público Federal contra o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, e contra o corregedor da Receita, Antonio Carlos D"Avila, por improbidade administrativa.
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