Há um clima de euforia no Município do Rio de Janeiro como parte integrante do processo político de expansão do capitalismo sob a condução do Governo Federal. A aliança entre as forças locais do PMDB e o núcleo do governismo expresso no PT somados aos partidos do chamado “Bloquinho” (PSB/PCdoB/PDT/PRB) reforça uma falsa ilusão de que tudo estaria muito bem na prática das políticas públicas.
A campanha eleitoral no Estado do Rio de Janeiro foi nacionalizada. Portanto, os resultados adversos acompanharam a redução do espaço político da Oposição no quadro nacional. Os partidos oposicionistas pró-Serra (PSDB/DEM/PPS) reduziram suas bancadas para Deputado Federal e não conseguimos reforçar a campanha eleitoral majoritária, pois a aliança PMDB e PT e outros partidos à direita e à esquerda compuseram uma ampla aliança que dificultou nossa intervenção política.
O município do Rio de Janeiro foi o “microcosmo” desse quadro nacional/estadual. As eleições ao Senado nacionalizadas isolaram nossa alternativa política em torno da candidatura de Marcelo Cerqueira e acompanhamos a quarta colocação da candidatura do DEM. Não conseguimos levar as eleições estaduais para o Segundo Turno uma vez que, diferentemente de 2008, os partidos do chamado “bloquinho” (PDT/PRB/PCdoB) e o PT não lançaram candidaturas próprias.
Além disso, a expectativas da burguesia com a realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 fortalecem a tendência ao continuísmo desse processo de modernização conservadora que testemunhamos na política fluminense. Uma ampla aliança que promove políticas sociais com o uso, em alguns momentos de parte do programa da “centro-esquerda”, mas sem produzir uma administração municipal de reformismo democrático pois há os “velhos compromissos” com grupos políticos do clientelismo que “feudalizaram” a política municipal.
No município do Rio de Janeiro vivemos os desvios do “lulismo” sob a condução de um PMDB semelhante aos tempos do “Amaralismo” emedebista no interior em tempos de ditadura militar. Devemos registrar que a Esquerda carioca sempre soube conviver com os setores políticos da sociedade com práticas políticas do “bairrismo” e do “clientelismo” em tempos que a conjuntura nacional justificava essa postura (luta por uma ampla frente contra a repressão militar). Não fomos sectários com o diálogo com os chaguistas nos marcos de uma política nacional. Hoje, até provem em contrário, o PMDB fluminense/carioca faz parte da “base governista” federal.
Vitória política do Governo não significa em imediata aprovação da política da continuidade.
Não foram eles que ganharam, mas nós que não soubemos expor uma política de Oposição com condições de vencer. “Não basta haver crise política. Devemos saber apresentar alternativas para ganhar confiança na sociedade que saberemos superá-las”. Faltou isso na política nacional e muito ainda na política estadual. Devemos deixar claro essa lição política na política municipal.
O novo Governo Federal deverá se libertar do “fantasma do passado” do lulismo ou perecerá em diversas contradições até as eleições municipais de 2012. Nossa política de oposição deve acompanhar e organizar a sociedade para essas possibilidades, pois a Política, com P maiúsculo, volta a ocupar a cena após 16 anos de economicismo do equilíbrio monetário. O Rio de Janeiro, particularmente a Capital, vai acompanhar esse processo de reintegração da política o que impõe uma clareza das forças políticas da “centro-esquerda” em não conviver com as forças políticas que fazem parte da “base governista”.
Devemos reaparecer ao eleitorado fluminense como alternativa viável de “centro-esquerda” ocupando o espaço eleitoral deixado pelo PT e pelos partidos do “Bloquinho”. As correntes de “Centro-esquerda” no Rio de Janeiro sempre tiveram uma base eleitoral de 20-25% da sociedade.
Vivemos um vazio de formulação de política para esse segmento social que em seguidas eleições se manifesta com a concentração de seus votos numa figura política do campo “ético” sem ampliar sua organicidade. Nesse sentido, fazer política no Município do Rio de Janeiro deve levar em consideração a esse influente segmento social à esquerda do “adesismo político” empreendido pelo PT e “Bloquinho”.
Assim, a “centro-esquerda” carioca presente em setores do PSDB e do PDT, no PV e no PPS poderá se firmar com a formulação de política que lutem pela radicalização democrática das políticas sociais do Município.
A campanha eleitoral no Estado do Rio de Janeiro foi nacionalizada. Portanto, os resultados adversos acompanharam a redução do espaço político da Oposição no quadro nacional. Os partidos oposicionistas pró-Serra (PSDB/DEM/PPS) reduziram suas bancadas para Deputado Federal e não conseguimos reforçar a campanha eleitoral majoritária, pois a aliança PMDB e PT e outros partidos à direita e à esquerda compuseram uma ampla aliança que dificultou nossa intervenção política.
O município do Rio de Janeiro foi o “microcosmo” desse quadro nacional/estadual. As eleições ao Senado nacionalizadas isolaram nossa alternativa política em torno da candidatura de Marcelo Cerqueira e acompanhamos a quarta colocação da candidatura do DEM. Não conseguimos levar as eleições estaduais para o Segundo Turno uma vez que, diferentemente de 2008, os partidos do chamado “bloquinho” (PDT/PRB/PCdoB) e o PT não lançaram candidaturas próprias.
Além disso, a expectativas da burguesia com a realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 fortalecem a tendência ao continuísmo desse processo de modernização conservadora que testemunhamos na política fluminense. Uma ampla aliança que promove políticas sociais com o uso, em alguns momentos de parte do programa da “centro-esquerda”, mas sem produzir uma administração municipal de reformismo democrático pois há os “velhos compromissos” com grupos políticos do clientelismo que “feudalizaram” a política municipal.
No município do Rio de Janeiro vivemos os desvios do “lulismo” sob a condução de um PMDB semelhante aos tempos do “Amaralismo” emedebista no interior em tempos de ditadura militar. Devemos registrar que a Esquerda carioca sempre soube conviver com os setores políticos da sociedade com práticas políticas do “bairrismo” e do “clientelismo” em tempos que a conjuntura nacional justificava essa postura (luta por uma ampla frente contra a repressão militar). Não fomos sectários com o diálogo com os chaguistas nos marcos de uma política nacional. Hoje, até provem em contrário, o PMDB fluminense/carioca faz parte da “base governista” federal.
Vitória política do Governo não significa em imediata aprovação da política da continuidade.
Não foram eles que ganharam, mas nós que não soubemos expor uma política de Oposição com condições de vencer. “Não basta haver crise política. Devemos saber apresentar alternativas para ganhar confiança na sociedade que saberemos superá-las”. Faltou isso na política nacional e muito ainda na política estadual. Devemos deixar claro essa lição política na política municipal.
O novo Governo Federal deverá se libertar do “fantasma do passado” do lulismo ou perecerá em diversas contradições até as eleições municipais de 2012. Nossa política de oposição deve acompanhar e organizar a sociedade para essas possibilidades, pois a Política, com P maiúsculo, volta a ocupar a cena após 16 anos de economicismo do equilíbrio monetário. O Rio de Janeiro, particularmente a Capital, vai acompanhar esse processo de reintegração da política o que impõe uma clareza das forças políticas da “centro-esquerda” em não conviver com as forças políticas que fazem parte da “base governista”.
Devemos reaparecer ao eleitorado fluminense como alternativa viável de “centro-esquerda” ocupando o espaço eleitoral deixado pelo PT e pelos partidos do “Bloquinho”. As correntes de “Centro-esquerda” no Rio de Janeiro sempre tiveram uma base eleitoral de 20-25% da sociedade.
Vivemos um vazio de formulação de política para esse segmento social que em seguidas eleições se manifesta com a concentração de seus votos numa figura política do campo “ético” sem ampliar sua organicidade. Nesse sentido, fazer política no Município do Rio de Janeiro deve levar em consideração a esse influente segmento social à esquerda do “adesismo político” empreendido pelo PT e “Bloquinho”.
Assim, a “centro-esquerda” carioca presente em setores do PSDB e do PDT, no PV e no PPS poderá se firmar com a formulação de política que lutem pela radicalização democrática das políticas sociais do Município.
[*] Suplente do Conselho de Ética do Diretório Municipal PPS-RJ. Militante sindical na Rede Pública de Ensino do Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário