Franco Benites
No mesmo dia em que o prefeito João da Costa foi à Rádio JC/CBN defender sua gestão, integrantes da oposição se reuniram na sede do Democratas para lançar oficialmente a “Mesa da Unidade”. O projeto abrange DEM, PSDB, PMDB, PPS e PMN e visa destronar o PT da administração municipal, onde está há 11 anos.
Com um discurso afinado, os oposicionistas destacaram que o momento é ideal para retomar o poder devido à “fadiga de material” do governo petista. Nem mesmo a intromissão do ex-presidente Lula na eleição de 2012 assusta a oposição. “Com João Paulo e João da Costa, a população já viveu o conto do padrinho político e deu no que deu”, disse o deputado federal Mendonça Filho (DEM).
Para o deputado federal Raul Henry (PMDB), a contribuição do ex-presidente na disputa municipal será nula. “Eleição tem dois discursos, o da continuidade e o da mudança. E o recifense quer mudança, por isso o cenário é favorável à oposição”, falou.
A vereadora Priscila Krause (DEM) seguiu na mesma linha. “Lula pode ser messiânico nacionalmente, mas o debate local é outro. A população quer saber do lixo que está na porta de casa e dos buracos da cidade”.
Deputado estadual pelo PV, mas prestes a entrar no PSDB e tido como prefeiturável, Daniel Coelho insistiu no discurso. “Independente de Lula, o sentimento do recifense é de mudança. Não é ele que vai resolver os problemas da cidade”, disse.
Eleito como porta-voz do grupo, Raul Jungmann (PPS) reforçou a tese de que a cidade deseja uma nova administração. “O prefeito é igual ao Mano Menezes, ou seja, não acerta uma. A situação do Recife está dramática com engarrafamentos até no final de semana, barreiras caindo e gente morrendo”.
A Mesa da Unidade irá atuar a partir da fiscalização das ações da prefeitura e promoverá debates com a participação da sociedade a partir de agosto. A presidência do grupo será rotativa para que todos os partidos possam ser prestigiados. “Propomos uma unidade política mesmo que em 2012 haja pluaridade de candidaturas”, informou Jungmann. Ele negou semelhança do projeto com a extinta União por Pernambuco. “A União é página virada. O contexto agora é outro”, disse.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
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