Órgão não vê infração nas condutas de Fernando Pimentel e Paulo Bernardo
Comissão adiou decisão sobre as suspeitas de desvios éticos no Dnit durante a gestão de Luiz Antonio Pagot
BRASÍLIA - A Comissão de Ética da Presidência da República arquivou ontem as investigações sobre a conduta dos ministros Paulo Bernardo (Comunicações), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.
No caso de Bernardo, a comissão analisou a acusação de que o ministro, segundo a revista "Época", viajou em avião da construtora Sanches Tripoloni, que realiza obras com verba federal em Maringá, no Paraná.
O PPS questionou no mês passado se Paulo Bernardo infringiu o Código de Conduta da Alta Administração.
"Quanto aos aviões daquela empresa, não só houve um desmentido formal do ministro de que jamais utilizou aviões daquela empresa, como da própria empresa", disse Sepúlveda Pertence, presidente da Comissão de Ética.
A comissão ainda arquivou processo sobre a conduta do ministro Fernando Pimentel e do presidente da Petrobras. Reportagem da revista "Veja" relata reuniões entre eles e o ex-ministro José Dirceu num quarto de hotel de Brasília.
O PSDB fez representação contra eles por "infração aos padrões éticos condizentes com ocupantes de cargos da alta administração federal".
"O que se tem é uma visita de dois cidadãos a outro cidadão", disse Pertence. Gabrielli se reuniu com Dirceu em horário de trabalho.
A Comissão de Ética adiou uma decisão sobre suspeitas de desvios éticos no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) quando o diretor-geral era Luiz Antonio Pagot.
Segundo Pertence, o adiamento foi motivado por informações recebidas da Controladoria-Geral da União.
A Comissão de Ética pode definir como penalidades a advertência, a censura ou a sugestão de exoneração.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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