A presidente Dilma termina 2012 anunciando a privatização, ops, o PT odeia essa palavrinha, vamos falar na linguagem dele, a concessão ao setor privado de mais dois aeroportos, Galeão (Rio) e Confins (Grande BH).
Mais um passo na direção, correta, de repassar a empresários investimentos e operação de áreas vitais para o desenvolvimento do país.
Neste ano, Dilma deu uma guinada: privatizou três aeroportos, anunciou programa de concessão de rodovias e ferrovias, lançou plano abrindo ao setor privado a exploração de portos e, agora, chegou a vez dos aeroportos do Rio e de Minas.
Movimento pragmático da petista, ao constatar que os investimentos estão patinando e o Estado não dá conta do recado nem tem vocação para cuidar dessas áreas.
Medidas sempre bombardeadas pelo PT, crítico histórico das privatizações, tema usado para atacar os tucanos na campanha da reeleição de Lula e na eleição de Dilma.
Só que o petismo está literalmente nas cordas nos últimos meses por causa do julgamento do mensalão. Gasta boa parte de sua energia na defesa de seus filiados condenados pelo STF e do ex-presidente Lula, às voltas com ameaças do operador do esquema, Marcos Valério.
Nas palavras de um assessor, a fraqueza momentânea do PT deu à presidente liberdade para tomar decisões que, em outros tempos, sofreriam oposição do seu partido. Sem falar que, no governo Dilma, o PT é pouco ou quase nada ouvido na formulação de programas.
Realidade que gera frustração na cúpula da legenda, que vislumbrava ter mais influência na era Dilma. Não teve no primeiro nem no segundo ano de mandato, despertando saudosismo num grupo de petistas, que sonha com a volta de Lula ao Planalto.
Por sinal, tem gente animada com os últimos movimentos do petista, que insinua nova candidatura para sair da defensiva. Por enquanto, porém, é só jogo de cena.
Fonte: Folha de S. Paulo
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